Todos os dias morrem deuses
Assim que li a sinopse do livro 'Todos os dias morrem deuses' pensei “este livro é a minha cara”: anos 50, um jornalista em pleno Estado Novo, a morte de Estaline e a ‘guerra de sucessão na Rússia’.
Como não gostar?
Bom, não posso dizer que tenha odiado o livro ou que tenha desgostado de todo, mas soube-me a demasiado pouco.
Os capítulos são demasiado curtos e quando terminam fica aquele 'gostinho' de 'quero mais', o que até poderia ser mitigado mais à frente, mas não.
Se num capítulo se fala da morte de Estaline, no seguinte fala-se da relação amorosa da personagem principal e o capítulo a seguir já é sobre como o jovem jornalista de Internacional tem de florear as suas notícias para conseguir que a Censura as deixe publicar. Só estes pormenores dava para mais meia dúzia de capítulos que nos fizesse viajar ao Estado Novo.
Este livro podia ter sido muito mais, é tudo muito à pressa. O autor não explora os acontecimentos na Rússia, como não explora a vida pessoal do jornalista, como não explora a relação dele com a mãe.
A história tinha todos os ingredientes para fazer deste livro um grande livro, mas ficou muito, diria até demasiado, aquém.
☝️ Pontos positivos: a declaração de amor à mãe que este livro representa
👇 Pontos negativos: o não desenvolvimento das histórias dentro da história. Tudo é dado a conhecer ao leitor de uma forma muito simplista, demasiado simplista
⭐ Avaliação: 3 estrelas (em 5)
✍🏻 Passagem do livro:
"Os grandes homens têm sempre paisagens magnificentes diante de si e, por isso, sonham e rompem as amarras"