Teixeira de Pascoaes: A voz do saudosismo português
Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos é um dos grandes nomes da poesia e prosa portuguesas. Nascido em Amarante, em 1877, cursou Direito em Coimbra para depois regressar a Amarante e abrir um escritório de advocacia no Porto.
Este nome não vos diz nada, não é verdade?
Falo de Teixeira de Pascoaes, o poeta-filósofo que morreu a 14 de dezembro de 1952.
Apesar do trabalho desenvolvido enquanto advogado e, mais tarde, como juiz, Teixeira de Pascoaes sempre teve tempo para se dedicar à poesia.
A sua passagem por Coimbra, ao contrário do que acontecia com a larga maioria dos estudantes, não ficou marcada pela vida universitária e boémia. Teixeira de Pascoaes preferia o sossego da sua casa e a reflexão das suas palavras.
Tanto que, apenas dois anos após exercer o cargo de juiz, decidiu colocar um ponto final na sua carreira judicial e mudou-se para a Casa de Pascoaes para ser ‘apenas’ poeta – era oriundo de uma família abastada e, por isso, não tinha a necessidade de trabalhar para garantir o seu sustento.
Em 1912, após a implantação da República em Portugal, o poeta-filósofo dirigiu a revista A Águia e o movimento Renascença Portuguesa, difundindo a doutrina do saudosismo que influenciou muitos escritores da época, incluindo Fernando Pessoa.
Mas em 1919, o movimento desapareceu, pois, este saudosismo e o próprio Pascoaes foram considerados ultrapassados e utópicos.
Teixeira de Pascoaes deixou uma vasta obra publicada e é um dos nomes incontornáveis do pensamento e da poesia portuguesas do século XX.