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Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Capitalismo: ameaça ou solução?

Book Stories, 27.05.23

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O capitalismo de mercado livre é uma das mais impactantes invenções da humanidade e a sua maior fonte de prosperidade. Mas esse sucesso carrega graves consequências: o mesmo sistema que gera riqueza está, gradualmente, a contribuir para a destruição do planeta e para a desestabilização da sociedade. 

Rebecca Henderson defende que o tempo para agir se está a esgotar e que é imperativo 'Repensar o Capitalismo para Salvar a Humanidade'. O livro chega agora a Portugal com a chancela da Ideias de Ler.

Professora na Universidade de Harvard, uma de três “Diretores Excecionais” para o Financial Times em 2019 e especializada na inovação e mudança organizacional, Rebecca Henderson defende que se todas as empresas do planeta adotassem um propósito além do lucro imediato, perseguissem uma estratégia de valor compartilhado e fossem apoiadas por investidores sofisticados e comprometidos com o longo prazo, isso já se traduziria num enorme avanço, mas nem de longe o suficiente para resolver grandes problemas, como as mudanças climáticas.

Muitos desses problemas são verdadeiramente coletivos – resolvê-los beneficiaria todos, mas nenhuma empresa tem a capacidade de o fazer sozinha.

'Repensar o Capitalismo para Salvar a Humanidade' pretende apontar caminhos que as empresas, as instituições e os governos podem seguir para tornarem o sistema mais justo, equilibrado, sustentável e humano, indo ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Para o fazer apresenta propostas de ação, exemplos de corporações e empreendedores que já estão a seguir esta via e, a cada leitor e cidadão, deixa ainda seis conselhos: descobrir a sua missão, levar os seus valores para o emprego, trabalhar no setor público, envolver-se nas decisões políticas, cuidar da própria saúde e bem estar e, por último, procurar alegria.

São propostas simples mas essenciais e realmente eficazes para que todos – cidadãos individuais, instituições privadas e governos – contribuam para um futuro não só mais sustentável, saudável e feliz, mas também mais próspero.

 

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Este é o 'Livro dos Cancelados' e é um alerta para o perigo da cultura 'woke'

Book Stories, 22.03.23

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A Dom Quixote lançou, ontem, o 'Manual do Bom Cidadão, o Livro dos Cancelados', do economista e intelectual espanhol Jorge Soley, um livro para compreender e resistir à cultura do cancelamento que domina as redes sociais e a nossa sociedade.

Palavras. Estátuas. Livros e, até, pessoas são canceladas. Tudo deve ajustar-se aos moldes do politicamente correto. A pergunta é óbvia: Porquê? O que fazer perante o crescimento da política 'woke'?

“É muito provável que não tenhamos vontade de nos vermos imersos num processo público de cancelamento, mas também é crescente a probabilidade de que, sem o desejarmos, tenhamos de enfrentar uma situação em que devemos escolher entre dizer a verdade e assumir as consequências, ou mentir, moldarmo‑nos ao politicamente correto e passarmos despercebidos. A maioria de nós, ocupada como está com as nossas famílias, os nossos amigos, os nossos trabalhos e atividades, preferiria passar ao lado de todos esses conflitos, controvérsias e cancelamentos que dividem a nossa sociedade. Mas a neutralidade já não é uma opção”, escreve o economista e professor universitário espanhol, Jorge Soley Climent, um intelectual católico, licenciado em Economia pela Universidade de Barcelona, colunista habitual na imprensa espanhola.

Professores com processos disciplinares por ensinar que o sexo é determinado por um par de cromossomas, contas de Twitter suspensas por referirem que a relva é verde, estátuas derrubadas e vandalizadas, filmes da Disney considerados abominações, livros que têm de ser reescritos, palavras que, de um dia para o outro, se transformam em termos proibidos e podem arruinar a nossa carreira ou mesmo a nossa vida…

A controvérsia suscitada por esta cultura do cancelamento deriva e entronca, segundo o autor, no crescimento das 'fake news'. O aumento da desinformação, usada inclusive por governos e movimentos políticos e ideológicos - que recorreram às redes sociais para espalhar informações falsas entre a população - leva a que se considere normal a censura de certas mensagens.

Soley julga, no entanto, ser bastante mais perigoso utilizar o medo para cancelar tudo aquilo que é contrário à ideologia que defende. “A desinformação sempre existiu, sempre houve propaganda. Mas sempre pensámos que as pessoas são suficientemente maduras para distinguir a informação viável da falsa”, afirma, quem considera que a justiça é a única solução, “já que o cancelamento é um caminho perigosíssimo”.

Jorge Soley Climent foi fundador e presidente da European Dignity Watch e é patrono do Center for European Renewal e da Fundación Pro-Vida de Cataluña.