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Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Andrei Kurkov satiriza a Ucrânia do período pós-soviético

Book Stories, 24.05.23

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Depois da publicação de 'Abelhas cinzentas', em setembro do ano passado, a Porto Editora faz regressar às livrarias portuguesas, em edição revista, 'A morte e o pinguim', de Andrei Kurkov. 

Se 'Abelhas cinzentas' traça o retrato de um país em guerra com o vizinho russo, após a ocupação da Crimeia, 'A morte e o pinguim' mostra uma sociedade em convulsão, nos anos após a independência, onde a realidade ultrapassa a mais inventiva das ficções.

Este romance é considerado a obra-prima de um dos mais destacados romancistas ucranianos da atualidade, tendo sido publicado em mais de 40 países. 

Viktor Zolotaryov é um escritor sem emprego e sem forma de fazer frente às despesas do dia a dia, até ao momento em que é contratado para escrever obituários num jornal.

Esta inesperada fonte de rendimento traz um novo alento à sua vida e à de Misha, o pinguim que resgatou do Zoo de Kiev. Porém, a euforia desvanece quando percebe que os seus textos são na verdade uma lista de alvos a abater.

Viktor e Misha veem-se no centro de uma perigosa e surreal sucessão de acontecimentos, envolvendo uma rede mafiosa que está a tomar o poder de assalto.

Numa alegoria impactante, Kurkov faz de Misha uma espécie de espelho melancólico de Viktor: assim como o pinguim foi arrancado da Antártida e depois do Zoológico, o escritor está a tentar sobreviver numa cidade se tornou hostil para os seus habitantes.

É com um domínio exímio do limbo entre realidade e ficção que o autor reflete, no seu habitual registo sarcástico e cáustico, sobre o estado do seu país num importante momento histórico que, em sua opinião, acabará por estar na origem de tudo o que viria a acontecer a seguir: em pouco mais de trinta anos, a Ucrânia assistiu ao crescimento da influência da máfia, passou por eleições fraudulentas, teve um candidato presidencial envenenado, operou várias revoluções, vive uma guerra dentro de fronteiras desde 2014 e combate a invasão russa ao seu território há mais de um ano.

 

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Com 'A Biblioteca de Estaline' ficará a conhecer melhor o sanguinário ditador russo

Book Stories, 02.03.23

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Chega hoje às livrarias nacionais 'A Biblioteca de Estaline', uma obra que nos ajuda a compreender melhor quem era e como pensava Josef Stalin, mais conhecido apenas por Estaline.

Um dos mais sanguinários ditadores do século XX não tinha diários, não escreveu memórias, mas era detentor de uma considerável coleção de livros.

Os milhares de livros que reuniu estão profusamente anotados. Talvez essas notas não desvendem a alma do tirano sanguinário, mas revelam o modo como viu o mundo.

Quando se assinalam os 70 anos da morte de Estaline, esta obra publicada em Portugal pela Livros Zigurate, permite ao leitor mergulhar na mente de um dos mais maldosos tiranos do século XX.

O legado de Estaline caiu em desgraça com a ascensão ao poder de Kruschev. Nessa altura os milhares de livros que Estaline leu e anotou metodicamente foram dispersos por várias bibliotecas.

Descoberto e reunido no período pós-soviético, esse acervo veio a revelar-se o melhor meio para se ter acesso à vida interior do ditador - a chave para a personalidade que fez do seu regime algo de tão monstruoso.

É na sua biblioteca pessoal, na forma como ele leu, assinalou e anotou os seus livros, que conseguimos chegar verdadeiramente perto do Estaline espontâneo - o intelectual imerso nos seus próprios pensamentos.

 

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'Jogo de Reis' é uma mistura de 'Guerra dos Tronos' e 'Outlander'

Book Stories, 28.02.23

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'Jogo de Reis' é o primeiro volume da saga 'As crónicas de Lymond' de Dorothy Dunnet e chega a Portugal com o selo da Porto Editora.

Trata-se de uma aventura que cruza a Europa do século XVI, da Escócia à Rússia passando pelo Norte de África, e que através dos feitos de um protagonista cativante e herói insuspeito, narra a turbulenta relação entre Escócia e Inglaterra à época.

Francis Crawford de Lymond – eleito o personagem histórico favorito dos escoceses – é um herói complexo, um jovem nobre que desconfia de causas políticas e religiosas e que tem tanto de carismático como de problemático. Condenado por traição na Escócia e considerado persona non grata pelos britânicos, Lymond lidera um bando de foras-da-lei enquanto, secretamente, procura recuperar a sua reputação, provando que se mantém leal à sua pátria.

'Jogo de Reis' tem tudo o que uma aventura épica deve ter: concursos de tiro, ataques secretos, romances e um longo duelo entre irmãos, mas também uma forte componente histórica, misturando personagens fictícias com figuras reais, e oferecendo aos leitores uma visão alargada dos acontecimentos políticos, culturais, religiosos e económicos que marcaram o século XVI.

Combinando a intriga política de 'A Guerra dos Tronos' com o romantismo arrebatador de 'Outlander', esta saga lendária seduziu leitores durante décadas e reuniu uma legião de fãs sem precedentes.

 

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Conheça a história verídica do 'Espião de um bilião de dólares'

Book Stories, 25.02.23

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Baseando-se em arquivos da CIA recentemente disponibilizados e em entrevistas com os protagonistas, David Hoffman criou um retrato sem precedentes e pungente de Tolkachev, um homem motivado pelas depredações do Estado soviético para dominar a arte de espiar contra o seu próprio país.

Agitado, imprevisível e por vezes insuportavelmente tenso, ‘O Espião de um Bilião de Dólares’  é um brilhante feito de reportagem que se desenrola como um thriller de espionagem.

Um dos espiões mais valiosos a trabalhar para os Estados Unidos nas quatro décadas de confronto global com a União Soviética, Tolkachev correu enormes riscos pessoais – tal como os agentes americanos. A CIA tinha há muito lutado para recrutar e desenvolver uma rede de agentes em Moscovo, e Tolkachev foi um avanço singular.

Usando câmaras de espionagem, códigos secretos e encontros fugidios em parques e nas esquinas das ruas, Tolkachev e a CIA conseguiram durante anos iludir o temido KGB no seu próprio território, até que chegou o dia em que uma traição chocante os pôs a todos em risco.

Ao sair da embaixada americana em Moscovo na noite de 16 de fevereiro de 1978, o chefe de posto da CIA ouviu uma pancada na janela do seu carro. Um homem no passeio entregou-lhe um envelope cujo conteúdo aturdiu a inteligência americana: detalhes da investigação soviética ultrassecreta e desenvolvimentos na tecnologia militar que eram totalmente desconhecidos para os Estados Unidos.

Nos anos que se seguiram, Adolf Tolkachev, engenheiro num gabinete de design militar soviético, usou o seu acesso de alto nível para entregar dezenas de milhares de páginas de segredos soviéticos. Tais revelações permitiram à América reformular os seus sistemas de armas para derrotar o radar soviético no solo e no ar, dando aos Estados Unidos uma quase total superioridade nos céus sobre a Europa.

Durante anos, conseguiram iludir o temido KGB no seu próprio território, até que chegou o dia em que uma traição inesperada pôs tudo em risco.

 

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