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Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Isabel Allende sabe que 'O vento conhece o meu nome'

Book Stories, 22.06.23

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Depois de títulos como 'Violeta' ou 'Mulheres da minha alma', a autora bestseller do New York Times, Isabel Allende, continua a dar mostras da sua capacidade de se reinventar a cada livro, oferecendo aos leitores uma história profunda e de uma sensibilidade extrema, que desta vez se situa na contemporaneidade, desde a infame Noite de Cristal na Alemanha nazi até aos dias de hoje nos EUA, por altura da controversa política de imigração implementada por Donald Trump.

Em ambos os casos, as consequências para o comum dos mortais foram devastadoras, com milhares de famílias separadas e destruídas.

De forma magistral, Isabel Allende entrelaça as histórias de duas crianças vítimas das consequências da guerra e da migração forçada. Separadas por oito décadas, estas linhas narrativas acabam por se encontrar, constatando que todas as vidas estão interligadas.

'O vento conhece o meu nome' é um romance que, seguindo a tradição da autora, permanecerá com os leitores muito depois da última página, levando-os a acreditar que, mesmo perante as maiores adversidades, têm em si as maiores armas para mudar o mundo e o próprio destino – a bondade e a capacidade de sonhar

Camilla Läckberg vem a Portugal libertar 'O Cuco'

Book Stories, 20.06.23

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Camilla Läckberg, a autora sueca mais lida em todo o mundo, esteve na Feira do Livro de Lisboa com a Porto Editora para apresentar 'O cuco'.

Traduzido diretamente do sueco por João Reis, 'O cuco' é o mais recente livro da série 'Os crimes de Fjällbacka' e vai permitir aos leitores o reencontro com Erica Falck e Patrcik Hedström, após 5 anos de interrupção.

Neste livro, os dois vão ter de navegar entre o passado e o presente para perceberem de que forma estão relacionados para poderem concluir a investigação de dois crimes: o brutal assassinato de um conhecido fotógrafo e o homicídio da família de um escritor que se preparava para receber o Nobel da Literatura

Traduzida em 60 países, com mais de 30 milhões de exemplares vendidos e considerada uma das principais escritoras de thriller nórdico, Camilla Läckberg destacou-se logo no primeiro livro desta saga, 'A princesa de gelo', que agora é reeditado pela Porto Editora e está disponível desde 1 de junho.

'Gritos do passado' é o segundo livro da série e foi lançado a dia 15 de junho. Os restantes 8 títulos da coleção serão republicados em edições revistas.

'Xeque à Rainha': Só Lupin sabe fazer a jogada certa

Book Stories, 16.06.23

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Em 'Xeque à Rainha', os protagonistas da popular série da Netflix saltam do pequeno ecrã para as páginas de um livro com assinatura do argumentista Bertrand Puard.

Desaparecimentos e raptos, mensagens codificadas, fugas e perseguições, portas secretas, objetos misteriosos, segredos.

Nada, absolutamente nada é evidente nesta história de Bertrand Puard.

As personagens-chave da série Lupin ganham agora vida no papel com um encanto renovado: Lupin, Xeque à Rainha reúne todos os ingredientes clássicos de um intrigante mistério policial e acrescenta-lhe o desafio intelectual de uma complexa partida de xadrez.

Tamanho enigma é aqui decifrado graças à combinação do espírito trapaceiro e sagaz do célebre ladrão cavalheiro com a eficácia das novas tecnologias.

O que faz bater o teu coração?

Book Stories, 15.06.23

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O segundo título da série Beartown, com direitos vendidos para mais de 35 países, 'Nós contra os Outros', é o novo livro de Fredrik Backman no catálogo da Porto Editora.

'Nós contra os Outros' é sobre todos os corações que batem por outros corações.

Às vezes, as pessoas boas fazem coisas terríveis na convicção de estarem a proteger aqueles que amam.

Assim nos conta o novo romance de Fredrik Backman, um regresso à 'Cidade do Urso', por estes dias atormentada pela violência de um crime que ninguém consegue esquecer.

Pleno de personagens multidimensionais que nos provam que todos somos cem coisas diferentes, ainda que aos olhos dos outros geralmente só tenhamos oportunidade de ser uma delas, este livro é o retrato de uma fénix que procura renascer das cinzas e do gelo.

David Walliams liberta 'Os Piores Animais de Estimação do Mundo'

Book Stories, 31.05.23

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Depois de sucessos como a trilogia 'As Piores Crianças do Mundo' ou o livro 'Os Piores Professores do Mundo', a Porto Editora publica agora, a 18 de maio, um dos mais recentes livros de David Walliams, 'Os Piores Animais de Estimação do Mundo'.

Através de dez contos e dez animais, o autor apresenta-nos um lado dissimulado e mirabolante do reino animal. Desde Houdini, a coelhinha mágica, passando por Zum, a tartaruga supersónica ou Úrsula, a ursa que transporta consigo um grande segredo, cada uma das personagens deste novo livro conduz os pequenos leitores a um mundo de exotismo e loucura, em que o lado mais terrível do melhor companheiro do homem vem ao de cima.

É altamente provável que, depois de conhecer Picasso, um pónei artista, ou Max, um cão que sabe cantar ópera, não será mais possível encarar os animais de estimação da mesma forma.

Com mais de 20 obras publicadas para jovens e crianças, David Walliams é uma das referências incontornáveis na literatura juvenil: os seus títulos foram traduzidos em 55 línguas e venderam mais de 53 milhões de exemplares.

Em Portugal, os seus livros estão recomendados pelo Plano Nacional de Leitura, são utilizados em manuais escolares e figuram várias vezes entre os favoritos dos mais novos, que fazem do autor uma referência no universo infantojuvenil nacional

Eis a adaptação infantil de um dos 'Casos do Beco das Sardinheiras' de Mário de Carvalho

Book Stories, 29.05.23

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A Porto Editora publicou 'A Torneira', a adaptação a livro infantil de um dos 'Casos do Beco das Sardinheiras', obra icónica de Mário de Carvalho.

Naquele recanto desassossegado do bairro, quando todas as brincadeiras pareciam já ter sido feitas ou perdido a graça, um rapazinho põe a populaça em alvoroço.

O Beco das Sardinheiras é um beco como qualquer outro, encafuado na parte velha de Lisboa, só que as peripécias que aí ocorrem não lembram a ninguém. Foi o que aconteceu no dia em que o Pedro, um gaiato remexido, de grandes olhos azuis, decidiu entrar pela porta da gateira, interdita aos miúdos do bairro, e rodar a torneira que aí encontrou!

Depois de 'O homem que engoliu a lua', 'A torneira' é a segunda revisitação, destinada aos leitores mais pequenos, das extravagantes aventuras e personagens dos 'Casos do Beco das Sardinheiras'. 

Com potencial para ser trabalhada em contexto de sala de aula, esta narrativa de Mário de Carvalho ganha vida e cor graças às primorosas ilustrações de Pierre Pratt.

'Últimos dias em Berlim' é um romance arrebatador no dealbar de uma das maiores ditaduras da História

Book Stories, 28.05.23

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'Últimos dias em Berlim' é o mais recente livro de Paloma Sánchez-Garnica. Finalista do Prémio Planeta 2021, esta obra já chegou a cerca de duzentos mil leitores e é agora publicada pela Porto Editora.

Com mestria, a autora conduz os leitores numa viagem pela Europa dilacerada pela guerra, desde a ascensão da revolução bolchevique até à queda do regime de Hitler. A narrativa alterna entre a Rússia comunista, a Alemanha nazi e uma Espanha marcada pela ditadura franquista, evidenciando um paralelismo entre uma ditadura de extrema-esquerda e uma outra, fascista – ambas com consequências nefastas na vida de Yuri Santacruz e daqueles que ama.

Confrontando o protagonista com a necessidade de lutar pela sobrevivência e com a importância de viver de forma determinada e justa, sem arrependentimentos, esta viagem pela História da Europa é uma lição de liberdade e evidencia que o amor e a esperança são mais poderosos que o ódio e a fúria.

Aproximando a obra da atualidade, a autora destaca uma imagem do conflito em solo ucraniano: “Vemos as imagens das estações de comboio na Ucrânia sempre preenchidas por despedidas – as mulheres e as crianças saem do país e os homens ficam.”

E remata dizendo que “Não queria contar os grandes acontecimentos históricos, mas contar o que pessoas comuns viveram. Queria contar a história do ser humano, não da guerra.

 

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Será possível impedir um crime depois de já ter acontecido?

Book Stories, 25.05.23

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Gillian McAllister marca encontro com os leitores 'No sítio errado, à hora errada'.

Logo nas primeiras páginas, os leitores acompanham uma mãe no pior momento da sua vida: de madrugada, junto à janela, vê o filho a cometer um crime, um homicídio, a ser detido e a comprometer o seu futuro.

Em exaustão e com um crescente sentimento de impotência, Jen adormece e acorda 'No sítio errado, à hora errada'. Este thriller de Gillian McAllister acaba de chegar às livrarias nacionais publicado pela Porto Editora.

Ao perceber que está a viver no dia anterior à tragédia, e que todas as manhãs regressa a outro dia antes do assassinato, a mãe de Todd, presa nesta espiral do tempo, formula uma hipótese: será que ainda pode evitar que o filho se torne um assassino?

Com um equilíbrio entusiasmante entre um policial arrepiante e um romance sobre amor, culpa e tristeza, 'No sítio errado, à hora errada' é uma história irreverente, que convida à reflexão sobre a importância de aproveitar cada momento.

Com originalidade, Gillian McAllister não volta ao passado para resolver ou explicar o crime, a autora narra a história ao contrário, retrocedendo no tempo e encontrando pistas em cada dia que passou.

Segundo a própria, este exercício implicou isolamento e uma utilização peculiar da sua cozinha: «No lado esquerdo, tinha uma linha do tempo que avançava e que intitulei de "O que é que realmente aconteceu?" A outra linha do tempo, na parede da direita, retrocedia, descobrindo pistas à medida que a minha protagonista recuava no tempo. Todas as manhãs, eu selecionava um post-it da esquerda e da direita, contava-os e escrevia a cena".

 

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Andrei Kurkov satiriza a Ucrânia do período pós-soviético

Book Stories, 24.05.23

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Depois da publicação de 'Abelhas cinzentas', em setembro do ano passado, a Porto Editora faz regressar às livrarias portuguesas, em edição revista, 'A morte e o pinguim', de Andrei Kurkov. 

Se 'Abelhas cinzentas' traça o retrato de um país em guerra com o vizinho russo, após a ocupação da Crimeia, 'A morte e o pinguim' mostra uma sociedade em convulsão, nos anos após a independência, onde a realidade ultrapassa a mais inventiva das ficções.

Este romance é considerado a obra-prima de um dos mais destacados romancistas ucranianos da atualidade, tendo sido publicado em mais de 40 países. 

Viktor Zolotaryov é um escritor sem emprego e sem forma de fazer frente às despesas do dia a dia, até ao momento em que é contratado para escrever obituários num jornal.

Esta inesperada fonte de rendimento traz um novo alento à sua vida e à de Misha, o pinguim que resgatou do Zoo de Kiev. Porém, a euforia desvanece quando percebe que os seus textos são na verdade uma lista de alvos a abater.

Viktor e Misha veem-se no centro de uma perigosa e surreal sucessão de acontecimentos, envolvendo uma rede mafiosa que está a tomar o poder de assalto.

Numa alegoria impactante, Kurkov faz de Misha uma espécie de espelho melancólico de Viktor: assim como o pinguim foi arrancado da Antártida e depois do Zoológico, o escritor está a tentar sobreviver numa cidade se tornou hostil para os seus habitantes.

É com um domínio exímio do limbo entre realidade e ficção que o autor reflete, no seu habitual registo sarcástico e cáustico, sobre o estado do seu país num importante momento histórico que, em sua opinião, acabará por estar na origem de tudo o que viria a acontecer a seguir: em pouco mais de trinta anos, a Ucrânia assistiu ao crescimento da influência da máfia, passou por eleições fraudulentas, teve um candidato presidencial envenenado, operou várias revoluções, vive uma guerra dentro de fronteiras desde 2014 e combate a invasão russa ao seu território há mais de um ano.

 

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José Saramago e a vocação de agitar consciências

Book Stories, 23.05.23

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A Porto Editora publicou, este mês, 'Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas', com capa caligrafada por José Luís Peixoto. Fica assim completa a coleção de obras de José Saramago para cujos títulos várias personalidades da cultura de língua portuguesa emprestaram a sua letra

Aquando da sua morte, em 2010, José Saramago deixou escritas trinta páginas daquele que seria o seu próximo romance; trinta páginas onde estava já esboçado o fio argumental, perfilados os dois protagonistas e, sobretudo, colocadas as perguntas que interessavam à sua permanente e comprometida vocação de agitar consciências. 

'Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas', o título que começou por ser uma epígrafe, evoca a tragicomédia 'Exortação da Guerra', de Gil Vicente.

Dois textos – de Fernando Gómez Aguilera e Roberto Saviano – situam e comentam as últimas palavras em papel do Prémio Nobel português, cuja força as ilustrações de um outro Nobel, Günter Grass, sublinham.

A questão da «responsabilidade ética do sujeito, para consigo próprio e para com a sociedade» continua hoje tão pertinente (ou mais) quanto há catorze anos, quando foi explorada nestas páginas.

Tomando como argumento «o mundo inóspito e lacerante» da produção e do uso de armas, Saramago alinhava aqui «um romance de ideias com uma forte componente de reivindicação e provocação», nas palavras de Fernando Gómez Aguilera.

Uma narrativa de extrema atualidade, que aponta o dedo à importância de estarmos ou não estarmos «dentro das coisas»: de termos capacidade de análise crítica e de combate ao status quo da mediocridade, da corrupção, do abuso de poder.

 

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