Margaret Atwood dá-nos nove fábulas sobre as facetas mais absurdas e perversas do ser humano
Margaret Atwood, uma das vozes mais consagradas da literatura contemporânea, oferece nove fábulas sobre as facetas mais absurdas e perversas do ser humano no seu novo livro 'O Colchão de Pedra'.
A irrupção de vampiros, de criaturas possuídas ou de espíritos, que convivem com personagens e episódios da vida quotidiana, transformam estes textos numa exploração altamente original sobre as temáticas inesgotáveis da doença, da velhice e da morte, enquanto pressupõem uma argumentação tenaz em prol de valores como o direito à diferença e à liberdade individual, e uma defesa aguerrida das mulheres num ambiente hostil.
Com uma vasta obra publicada em Portugal pela Bertrand Editora, em o ‘O Colchão de Pedra’, Atwood apresenta-nos uma escritora de fantasia, agora viúva, que é guiada durante uma noite de inverno pela voz do falecido marido.
E uma idosa, vítima de alucinações, que aprende aos poucos a aceitar a presença de pessoas miniatura ao seu lado. Ainda uma jovem que nasceu com uma malformação genética passa por vampiro. Ou um estromatólito com 1,9 mil milhões de anos que vinga um crime cometido há muito tempo — e o que é um estromatólito?
“A palavra vem do grego stroma, que significa “colchão”, a que se junta a raiz da palavra para “pedra”. Colchão de pedra: uma almofada fossilizada composta por camada após camada de algas verde-azuladas que formaram um monte ou uma campânula. Foram estas mesmas algas verde-azuladas que criaram o oxigénio que hoje respiramos. Não é espantoso?”