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Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

O caminho do arco é o percurso de uma vida, conta Paulo Coelho

Book Stories, 05.06.23

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Um encontro entre dois mestres de tiro com arco e flecha é o ponto de partida para 'O Arqueiro', de Paulo Coelho, uma fábula inesquecível e belissimamente ilustrada.

Tudo começa quando um jovem arqueiro procura Tetsuya, um lendário mestre no arco, em busca da sua sabedoria e dos seus ensinamentos.

Deste encontro saem os ensinamentos para a construção de uma vida com sentido. A dedicação constante, a adaptação à mudança, a coragem e o trabalho em equipa são alguns dos valores necessários para irmos aperfeiçoando o caminho do nosso arco, ou seja, a nossa trajetória de vida.

O autor faz, assim, um paralelismo entre o caminho do arqueiro e a vida: para termos uma existência com propósito devemos seguir o caminho do arco, tudo o que fazemos deve ter um sentido e profundidade atribuído por nós.

Paulo Coelho, recorde-se, é o autor de língua portuguesa mais traduzido do mundo, com 1116 traduções para mais de 80 idiomas e publicado em mais de 170 países.

'O Arqueiro' está disponível nas livrarias desde dia 1 de junho, publicado pela Pergaminho, com ilustrações de Christoph Niemann.

J. Rentes de Carvalho e o mistério que fica para lá do fim!

Book Stories, 04.06.23

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"Oficialmente entrei hoje na velhice", escrevia J. Rentes de Carvalho na última entrada do diário que manteve entre 1994 e 1995, quando fez 65 anos.

Agora, à beira dos 93 – que completa a 15 de maio –, a Quetzal reedita o livro que reúne esses textos recolhidos durante um ano, a que deu o título 'Tempo Contado', distinguido com o Grande Prémio de Literatura Biográfica APE em 2011.

Um livro que escreveu para assinalar a transição de idade: "Dar-me conta de como o tempo de uma vida é um instante irrisório, a incerteza do que será o meu destino, o mistério do que fica para lá do fim".

Entre Portugal e Holanda, Trás-os-Montes e Amsterdão, somos guiados pela intuição e a sensibilidade de J. Rentes de Carvalho, um dos grandes escritores portugueses do nosso tempo. Regressar e partir, estar num lado e viver no outro, visitando permanentemente a pátria mesmo quando se está longe dela.

"Rentes de Carvalho leu-nos melhor do que algum dia poderemos reconhecer", nota Francisco José Viegas na nota biográfica de 'Tempo Contado'.

"Pergunto-me como olharei para este [diário] se o destino me deixar chegar aos oitenta. Porque ingénuo já não sou. Romântico também não, e das ilusões guardo somente as precisas para com elas diluir um pouco as sombras do viver"

Sabia que Camilo Castelo Branco se suicidou porque estava a perder a visão?

Book Stories, 01.06.23

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Camilo Castelo Branco é um dos grandes nomes da literatura portuguesa, tendo-nos deixado inúmeras obras escritas ao longo de cerca de 40 anos de atividade literária.

Camilo nasceu em 1825 em Lisboa. Foi criado por uma tia, em Vila Real, depois de os pais terem morrido. Estudou na Escola Médica do Porto e, posteriormente, dedicou-se ao Direito.

A sua vida foi sempre bastante tumultuosa, típica de um espírito irrequieto e inconstante. Tinha apenas 16 anos quando se casou, mas não foi o matrimónio que lhe aquietou o espírito e esteve sempre envolvido em escândalos românticos que atentavam contra os bons costumes e a moral da época (século XIX).

E foi o seu temperamento romântico que o levou, precisamente, à prisão. Camilo apaixonou-se por Ana Plácido, uma senhora casada com um rico negociante do Porto. O casal decidiu fugir para viver o seu amor, mas acabaram por ser detidos e passaram um ano encarcerados – foram libertados após a sua absolvição em julgamento (pelo juiz que era pai de Eça de Queiróz). Findo o tempo de cárcere, Camilo e Ana passaram a viver juntos e tiveram três filhos (embora se diga que o primeiro era na verdade filho do marido de Ana).

Na vida de Camilo contam-se, além dos dramas amorosos, a morte do seu filho mais velho, as dívidas que o jogo lhe imputou e a sífilis, doença que o acompanhou por longos anos e que lhe causou uma forma de cegueira progressiva que não tinha cura.

Perante este cenário, o autor suicidou-se a 1 de junho de 1890 com um tiro de revólver na cabeça na casa onde vivia com Ana Plácido em S. Miguel de Seide, Famalicão.

Ao contrário do que acontecia com os autores naquela época, Camilo viu o seu trabalho ser reconhecido ainda em vida pelos seus pares, tendo sido homenageado pela Academia de Ciências de Lisboa. Também o rei Luís I lhe reconheceu a importância da sua obra literária, tendo-lhe atribuído o título de Visconde de Correia Botelho.

Relativamente às suas obras, ‘Amor de Perdição’ é a mais conhecida e é a mais pessoal, uma vez que retrata a história de amor que Camilo e Ana Plácido viveram, mas muitos outros títulos perpetuam, especialmente ‘A Vingança’, ‘A Morta’, ‘Amor de Salvação’, ‘A Queda de Um Anjo’, entre tantos outros, inclusivamente o seu livro de memórias a que deu o nome ‘Memórias do Cárcere’.

O Natal é quando o homem quiser e o crime também! Já leu 'Crime no Expresso de Natal'?

Book Stories, 19.05.23

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A Guerra e Paz traz-nos 'Crime no Expresso de Natal', um thriller inspirado nas obras da famosíssima Agatha Christie.

Na véspera de Natal, o comboio nocturno para as Terras Altas da Escócia descarrila, juntamente com os planos festivos dos seus passageiros.

O comboio está preso na neve no meio do nada e há um assassino em série à solta entre as carruagens. Quem dorme no comboio nocturno pode nunca mais acordar!

 

Conseguirá Roz Parker, uma antiga inspectora da Polícia Metropolitana de Londres, encontrar o assassino antes que ele ataque de novo?

Terá de ler a obra de Alexandra Benedict para descobrir!

 

Ser 'Contra a Corrente' é ter a liberdade e o direito a pensar

Book Stories, 16.05.23

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Contra a Corrente’ de Roger Scruton é um livro muito interessante por quem se interessa por política no geral. Esta compilação de textos escritos pelo autor ao longo das últimas décadas dá-nos um enquadramento global da política e, especialmente, é um retrato muito fidedigno do posicionamento dos partidos ao longo dos anos, seja os partidos de direita ou de esquerda.

Conservador e de direita, Roger Scruton é considerado o melhor pensador britânico desde Edmundo Burke e até foi nomeado Cavaleiro pela Rainha Isabel II.

O livro está dividido em 10 partes – ‘Quem sou eu?’, ‘Quem somos nós?’, Porque é que a esquerda nunca tem razão’, ‘Sugestões de um infinito’, ‘O fim da educação’, ‘Filosofia fraudulenta’, ‘O Ocidente e o resto’, ‘Direitos animais, política de púlpito e sexo’ e ‘Annus horribilis e últimas palavras’ – e em cada parte podemos ler vários artigos de opinião do autor sobre o tema em apreço.

Gostei especialmente de ler o texto ‘O significado de Margaret Thatcher’, inserido na segunda parte, porque é uma mulher que admiro pela força que teve enquanto política, tendo tido a coragem de, numa época em que a política era totalmente dominada por homens, conseguir ser eleita primeira-ministra do Reino Unido e implementar as medidas urgentes e necessárias ao desenvolvimento do país.

Sobre a ‘Dama de Ferro’, Roger Scruton escreve que “Margarete Tatcher teve o descaramento de declarar o seu compromisso com a economia de mercado, a iniciativa privada, a liberdade do indivíduo, a soberania nacional e o Estado de direito”, o que levou a muitas críticas e pequenos ódios oriundos da Esquerda.

A mesma esquerda, aliás, para quem o “patriotismo se tornou numa palavra suja, mais ou menos sinónimo de racismo” e, nesta senda, Scruton deixa também uma crítica à Direita a cujos políticos “nada pareceu importar, exceto a pressa de fazer parte da nova Europa”.

E foi por isso, entende o escritor, que o “interesse nacional fora substituído por interesses específicos: dos sindicatos, dos aparelhos e dos capitães da indústria”.

Scruton atira também na direção dos partidos socialistas que pululam por toda o mundo, frisando que a “sociedade é composta por pessoas que se associam livremente e formam comunidades de interesses que os socialistas não têm o direito de controlar nem nenhuma autoridade para sujeitas às suas obsessões”.

Além dos escritos sobre Margaret Thatcher, também a questão da cultura e da educação foi o que mais me cativou no livro.

Como já referi aqui no blog (ler aqui), preocupa-me a apropriação que a chamada cultura woke está a fazer da sociedade ao censurar livros e autores, ao querer reescrever a história secular dos países, ao querer impor uma pseudo-cultura onde apenas predomina a intransigência mascarada de uma falsa defesa e procura pela igualdade de todos.

Roger Scruton refere, e bem, que a “sociedade não pode degenerar ao ponto de só o vício ter seguidores”. É preciso que a sociedade se instrua e se interesse por assuntos fundamentais, como são a economia, a política, a cultura. Mas o que vemos hoje em dia, em especial nas camadas mais jovens que são, na verdade, o nosso futuro, é um total desprendimento destas questões em prol de uma obsessão pelas redes sociais, que é o mesmo que dizer pelos ‘likes’ e pelo número de seguidores. Ou não fosse esta a geração dos autointitulados influencers!

A educação moderna visa ser inclusiva e isso significa não parecer muito certo de nada, não vão as pessoas que não compartilham as nossas convicções sentir-se pouco à vontade

Esta frase diz muito do que considero ser o nível de intolerância que existe atualmente. Todos gritam ‘liberdade’ e ‘direito à liberdade de expressão’, seja ela de que natureza for. No entanto, quando alguém exprime uma opinião contrária ao que é tido como certo e acertado, essa pessoa é ofendida, desprezada e cancelada.

Tal como referi há pouco são aqueles que mais apregoam a liberdade e a igualdade os que mais atropelos lhes fazem com querelas constantes. Concordo com Scruton quando escreve que a “nova cultura diz-nos que devemos sempre ofender-nos se pudermos”.

Recomendo a leitura deste livro para quem gosta de pensar e refletir e para quem não gosta de ser diminuído na sua liberdade de opinião, de expressão e de associação cívica ou partidária.

E, em minha defesa, cabe-me dizer que não concordei com tudo o que li neste livro. Mas é a isso que chamamos liberdade e respeito: liberdade para escolher não ler e respeito por quem tem opiniões diferentes das minhas. Certo?

 

✅ A forma como o livro nos obriga a pensar e refletir temas importantes

❌ Alguns textos dizem respeito a, por exemplo, a República Checa, o que não me cativou, uma vez que não é um tema que me suscite curiosidade

⭐ 4

Chegou a mais recente Tentação de Loretta Chase

Book Stories, 09.04.23

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'Mil e uma noites de tentação' já chegou às livrarias portuguesas com a chancela da Chá das Cinco.

Um ano depois do 'Escândalo em Veneza', Loretta Chase traz-nos agora a história de Zoe, uma jovem que regressa a Londres com a reputação destruída depois de ter passado doze anos no exótico Oriente, onde aprendeu todas as artes da sedução. 

Ela conhece tudo aquilo que uma jovem respeitável não deve saber e ignora as regras mais básicas da sociedade londrina. Estar na sua companhia é um escândalo e um perigo para as jovens inocentes… a não ser que possa recuperar a respeitabilidade perdida.

Lucien de Grey, Duque de Marchmont, tem uma reputação invejável. Sedutor nato e com uma riqueza considerável, o seu encanto e aparência abrem-lhe as portas mais difíceis e respeitáveis da sociedade.

O solteiro mais cobiçado no Beau Monde é o único capaz de salvar a reputação de Zoe… se ela não o fizer ceder à tentação e a uma paixão que pode arruinar ambos.

'Linguagens da Verdade' é uma carta de amor à literatura

Book Stories, 08.04.23

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Salman Rushdie é celebrado como "um mestre da narrativa contínua" (The New Yorker), iluminando verdades da nossa sociedade e cultura através da sua prosa deslumbrante e, muitas vezes, cáustica.

Esta coletânea de textos de não-ficção reúne ensaios, críticas e discursos perspicazes e inspiradores, que se focam na relação de Rushdie com a palavra escrita e fortalecem o seu lugar como um dos pensadores mais originais do nosso tempo.

'Linguagens da Verdade' reúne textos escritos entre 2003 e 2020 e demonstra o envolvimento intelectual de Salman Rushdie com certos períodos de mudanças culturais. Chega às livrarias dia 24 de Abril com a chancela da D. Quixote.

 

Mergulhando o leitor numa ampla variedade de assuntos, explora a natureza do ato de narrar como uma necessidade humana e o resultado é uma carta de amor à literatura.

Rushdie analisa o que obras de autores desde Shakespeare e Cervantes até Samuel Beckett, Eudora Welty e Toni Morrison significam para ele, tanto na página impressa como a nível pessoal.

Ao mesmo tempo, tenta aprofundar a natureza da «verdade», deleitando-se com a vibrante maleabilidade da linguagem e das linhas criativas que podem unir arte e vida, e revisita temas como a migração, o multiculturalismo e a censura.

 

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Uma história de amor e de violência doméstica em 'Isto Acaba Aqui'

Book Stories, 30.03.23

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Há muito tempo que não lia um livro de uma só vez e foi o que aconteceu com ‘Isto acaba aqui’ da Colleen Hoover. E mais: durante os dias seguintes pensei várias vezes nas personagens, nas suas escolhas, no rumo que as suas vidas levaram, tentando encontrar o ponto de retorno como se fosse possível reescrever as palavras da autora.

É um livro envolvente com uma história que cativa mais e mais a cada página que viramos, tornando impossível parar de ler.

O início da história é delicioso. A forma como a Lily e o Riley se conhecem é engraçada, mas ao mesmo tempo séria e profunda. E como não nos apaixonarmos por ele?

E esse foi exatamente o problema. A forma como a Colleen constrói a história leva a que também a leitora se apaixone por aquele homem para, mais à frente, ficarmos com o coração partido, mas sem que o consigamos odiar (pelo menos eu não consegui).

Sim, da primeira vez torci para que Lily o perdoasse, mas a partir daí já não fui capaz de o fazer, embora me tivesse despedaçado o coração o facto de o Riley ser uma pessoa com todos aqueles problemas psicológicos e, sobretudo, problemas de controlo da raiva.

Isto fez-me pensar como a saúde mental, ou no caso a falta dela, pode transformar por completo uma pessoa ao ponto de acabar por perder a família e o amor da sua vida. E, se por um lado, ele é um agressor, por outro lado é uma pessoa genuinamente boa que, infelizmente, a vida moldou da pior forma.

Dir-me-ão: muitas pessoas têm traumas e não se tornam violentas. É verdade e concordo plenamente. Para mim o que diferencia o Riley do outro tipo de agressores é o facto de não o fazer por convicção, por vingança ou por ser genuinamente má pessoa. É um agressor e deve sofrer as consequências dos seus atos, mas isso não me impede de sentir compaixão por ele!

Interessante é também a forma como a Colleen nos apresenta Atlas, inserindo-o pouco a pouco na narrativa para que nos cative e nos enamore. Apesar de simpatizar com a história dele e com as suas conquistas apesar dos problemas da juventude, não me apaixonou.

Percebo a intenção da autora: o passado e o presente; os caminhos diferentes que alguém traumatizado pode seguir, mas achei-o demasiado perfeito e aqueles serões na casa dele com os amigos que ela tinha acabado de conhecer só me deram vontade de passar páginas à frente.

O final não é surpreendente e isso foi o que menos gostei no livro. Ainda assim, a autora merece o elogio por ter escrito uma obra que fala de um tema sério e gravíssimo, conseguindo dar-lhe alguma ligeireza para aliviar a leitura.

No meu entender, mais do que a história de amor cliché, este é o grande ativo do livro: a capacidade de contar uma história séria, que é vivenciada por milhões de mulheres em todo o mundo, de uma forma leve – e pesada nos momentos certos – para assim manter o leitor preso às páginas fazendo-o chegar à conclusão: a violência não tem desculpa e não é, nem nunca pode ser, uma forma de estar na vida, tal como não é, de forma alguma, amor pelo outro.

 

✅ A escrita inteligente que permite agarrar o leitor até à última página, dando-lhe uma lição de vida sem que o próprio se esteja a aperceber

❌ O final expectável a partir de muito cedo

⭐ 4

'O Raposo' num triângulo feito de amor e ódio

Book Stories, 26.03.23

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Jill e Nellie levam uma vida pacata, retiradas na sua quinta, onde não contam com qualquer ajuda masculina. Quando um raposo começa a atacar a capoeira, Nellie pega na arma, mas, apesar de o ter na mira, é-lhe impossível disparar. Chega então à quinta um jovem soldado, vindo da guerra, e abala definitivamente a estabilidade daquela relação de amor e companheirismo entre as duas mulheres.

 

Publicado pela primeira vez em livro em 1923, 'O Raposo' é uma das mais célebres histórias narradas por D. H. Lawrence. 

Explorando temas como a sexualidade, o papel ditado a cada género pelas normas sociais e o fatalismo da transgressão, esta é uma novela breve mas poderosa, reveladora da irreverência que marcou a produção literária deste que é um dos grandes escritores ingleses do início do século XX.

O livro, editado pela Livros do Brasil, já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias já amanhã!

Tendo por cenário a Inglaterra rural da Primeira Guerra Mundial, esta história já adaptada ao grande ecrã em 1967 aborda questões estruturais da obra do autor britânico, explorando a tensão psicológica de um triângulo de amor e ódio.

 

Richard Zimler encerra o díptico 'A Aldeia das Almas Desaparecidas'

Book Stories, 20.03.23

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Depois dos desesperados esforços para salvar a avó Flor do Fogo de Santo António que dizimava Salamanca, Isaaque Zarco regressa ao Porto, onde retoma o seu trabalho como assistente de alfaiate e participa ainda mais ativamente nos serviços da sinagoga clandestina da cidade. A pacatez dos seus dias, porém, é interrompida quando, já com dezassete anos, recebe uma carta da filha adotiva de Flor, Sálvia, informando-o de que a velha curandeira foi presa pelo Santo Ofício. Isaaque vê-se então mergulhar num mundo pérfido repleto de traições, que culminam no terrífico auto de fé de Madrid, de 1680. Pior do que tudo, fica a saber que, sob tortura, a velha curandeira denunciou outros dois amigos como judeus secretos. Será ele capaz de os salvar, correndo o risco de ser preso?

Richard Zimler encerra o díptico 'A Aldeia das Almas Desaparecidas' com o volume 'Aquilo que procuramos está sempre à nossa procura'.

A espera dos leitores terminou. Exatamente cinco meses volvidos sobre a publicação de 'A Aldeia das Almas Desaparecidas I – A floresta do avesso', Richard Zimler revela o segundo e último capítulo desta saga histórica a que dedicou tantos anos de investigação. 

A 'Aldeia das Almas Desaparecidas II – Aquilo que procuramos está sempre à nossa procura' é um romance arrebatador, onde coexistem amor, traição, sacrifício e coragem.

Uma narrativa ímpar dos horrores da Inquisição, que eleva o autor ao pódio dos maiores contadores de histórias.

Para o protagonista Isaaque Zarco, agora com dezassete anos, nada voltará a ser igual. A busca de si mesmo, da sua individualidade, da sua fé e do seu lugar no mundo levam-no a entender algo importante: a certeza de que fez tudo o que estava ao seu alcance para honrar a breve vida que lhe foi concedida. 

O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 30 de março. Antes disso, a 25 de março, a obra será apresentada em primeira mão numa sessão no âmbito do ciclo Porto de Encontro, a realizar pelas 17h00, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett (Porto). 

 

Em www.bertrand.pt