Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

'Liderança' chega a Portugal quando Henry Kissinger completa 100 anos de vida

Book Stories, 02.06.23

A Dom Quixote editou 'Liderança', livro da autoria do ex-secretário de Estado norte-americano e Prémio Nobel da Paz, Henry Kissinger, que completou 100 anos a 27 de maio.

No livro analisa as vidas de seis líderes à luz das estratégias políticas distintas que considera terem adotado.

No pós-II Guerra Mundial, Konrad Adenauer recuperou a Alemanha derrotada e moralmente falida para a comunidade internacional através da «estratégia da humildade».

Charles de Gaulle integrou a França nas potências aliadas vitoriosas e renovou a sua grandeza histórica com a «estratégia da vontade».

Durante a Guerra Fria, Richard Nixon deu vantagem geoestratégica aos Estados Unidos, concebendo a "estratégia do equilíbrio". Após 25 anos de conflito, Anwar Sadate criou um cenário de paz para o Médio Oriente com a «estratégia de transcendência».

Contra todas as expetativas, Lee Kuan Yew criou uma poderosa cidade-Estado, Singapura, seguindo a "estratégia da excelência".

Apesar de o Reino Unido ser «o homem doente da Europa», quando chegou ao poder, Margaret Thatcher renovou a posição moral e internacional do país, seguindo a "estratégia da convicção".

Em cada um destes estudos, Kissinger conjuga reflexão histórica, experiência pública e – porque conheceu cada um destes estadistas – memórias pessoais.

“O tempo passa e Kissinger não perde nenhum do poder de fogo intelectual que o distingue dos outros professores e profissionais de política externa”, escreve o historiador Niall Fergusson sobre “Liderança”.

Henry Kissinger serviu no exército norte-americano durante a II Guerra Mundial e foi professor de História e de Política na Universidade de Harvard nos vinte anos subsequentes.

Foi conselheiro de Segurança Nacional e secretário de Estado nas administrações de Richard Nixon e de Gerald Ford, e tem aconselhado desde então os presidentes dos Estados Unidos em matéria de política externa.

Foi laureado com o prémio Nobel da Paz em 1973 e recebeu a Presidential Medal of Freedom, a Medal of Liberty e outras distinções.

É autor de vários livros e artigos sobre política externa e diplomacia, incluindo 'Da China' e 'A Ordem Mundial'. É atualmente presidente da Kissinger Associates, Inc., uma empresa de consultoria internacional.

'Últimos dias em Berlim' é um romance arrebatador no dealbar de uma das maiores ditaduras da História

Book Stories, 28.05.23

1.jpg

'Últimos dias em Berlim' é o mais recente livro de Paloma Sánchez-Garnica. Finalista do Prémio Planeta 2021, esta obra já chegou a cerca de duzentos mil leitores e é agora publicada pela Porto Editora.

Com mestria, a autora conduz os leitores numa viagem pela Europa dilacerada pela guerra, desde a ascensão da revolução bolchevique até à queda do regime de Hitler. A narrativa alterna entre a Rússia comunista, a Alemanha nazi e uma Espanha marcada pela ditadura franquista, evidenciando um paralelismo entre uma ditadura de extrema-esquerda e uma outra, fascista – ambas com consequências nefastas na vida de Yuri Santacruz e daqueles que ama.

Confrontando o protagonista com a necessidade de lutar pela sobrevivência e com a importância de viver de forma determinada e justa, sem arrependentimentos, esta viagem pela História da Europa é uma lição de liberdade e evidencia que o amor e a esperança são mais poderosos que o ódio e a fúria.

Aproximando a obra da atualidade, a autora destaca uma imagem do conflito em solo ucraniano: “Vemos as imagens das estações de comboio na Ucrânia sempre preenchidas por despedidas – as mulheres e as crianças saem do país e os homens ficam.”

E remata dizendo que “Não queria contar os grandes acontecimentos históricos, mas contar o que pessoas comuns viveram. Queria contar a história do ser humano, não da guerra.

 

feiralivro-billboard

'Caterina', uma história do pós II Guerra Mundial à atualidade

Book Stories, 24.04.23

ni-caterina.jpg

Já está nas livrarias de todo o país o romance inédito de Sveva Casati Modignani, Caterina.

Da Itália do pós-guerra à contemporaneidade, os leitores vão conhecer a história de Caterina Belgrado, uma escritora agora sexagenária, que apesar de várias conquistas, nunca se sentiu verdadeiramente realizada.

Com uma alternância de capítulos entre o passado e o presente, o romance viaja entre a adolescência numa Milão que se reergue do fascismo, uma amizade profunda e duradoura e um amor nunca esquecido. Como se de um puzzle se tratasse, as linhas narrativas encaixam e oferecem uma grande surpresa à protagonista.

Com mais de 1 milhão de exemplares vendidos, Sveva Casati Modignani é um caso ímpar de popularidade e fidelidade entre os leitores portugueses. Caterina é o seu 26.º livro publicado em Portugal.

historia-970x250-billboard

Conhece José Cabral, o herói português na II Guerra Mundial?

Book Stories, 14.04.23

Sem título.jpg

A Oficina do Livro traz-nos 'O Piloto de Casablanca - José Cabral, um herói português na II Guerra Mundial”, de José António Barreiros.

Durante a II Guerra Mundial, quando voar era ainda uma aventura arriscada, a ligação aérea entre Lisboa, Tânger e Casablanca, celebrizada num dos mais emblemáticos filmes de Hollywood, era exclusivamente assegurada por Portugal, enquanto país neutro no conflito.

O piloto que fazia essa rota, por vezes em condições de grande perigo, chamava‑se José Cabral e era um comandante de marinha, corajoso e audaz.

Graças a esta figura notável da aviação naval, com contactos nos serviços secretos britânicos e norte‑americanos, refugiados de guerra salvaram-se da ameaça nazi e diplomatas e militares das forças Aliadas cumpriram missões na operação de desembarque no Norte de África, o princípio do fim do III Reich.

Cabral viria a ser galardoado com a mais alta distinção concedida pelos Estados Unidos a militares estrangeiros, mas cairia no esquecimento no país onde nasceu.

Resgatando a sua memória, José António Barreiros recorda a vida, a bravura e as missões deste herói português.

Conheça a história da última mulher que governou a China

Book Stories, 06.04.23

Imperatriz.jpg

Em 'Imperatriz', Pearl S. Buck dá vida à incrível história de Cixi, a concubina imperial que acabaria por liderar a dinastia Ching.

Nascida numa família humilde, Cixi apaixona-se pelo seu primo Jung Lu, um belo guarda imperial - mas ainda em adolescente é escolhida, com a sua irmã e centenas de outras raparigas, para ir morar para a Cidade Proibida.

Destacando-se pela sua beleza, Cixi está determinada a tornar-se a preferida do Imperador, e dedica todo o seu talento e astúcia à concretização desse objetivo.

Quando o Imperador morre, Cixi encontra-se numa posição que lhe dá o poder supremo, que irá manter durante quase cinquenta anos, usando-o tanto para trazer paz ao império como para promover Jung Lu, a quem amará - em segredo - para sempre.

Num mundo de intrigas liderado por homens, Cixi irá tomar a seu cargo várias decisões importantes e será responsável pela modernização da China, sem que nunca tenha recebido por isso o devido crédito.

Muito foi escrito sobre Cixi, mas nenhum outro romance recria a sua vida - a sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, o mundo das intrigas da Corte e o período de tumulto nacional com o qual ela lidou - tão bem como Imperatriz.

Editado em Portugal pela D. Quixote, 'Imperatriz' chega às livrarias a 30 de Abril.

 

coaching-billboard

'A Diplomacia de Salazar' conta detalhes da visita dos duques de Windsor a Portugal

Book Stories, 27.03.23

gf.jpg

'A Diplomacia de Salazar (1932-1949)', do embaixador Bernardo Futscher Pereira, foi editado este mês pela Dom Quixote, com um novo capítulo, que enriquece a trilogia sobre a diplomacia do Estado Novo escrita ao longo de uma década pelo atual embaixador português em Roma.

Na terceira edição, agora atualizada, com um novo preâmbulo, encontram-se novos dados sobre a visita dos Duques de Windsor a Lisboa, em Julho de 1940, episódio que revela a “prudente distância” que Salazar guardou numa altura crucial da II Guerra Mundial da Alemanha nazi, tornando a capital um porto seguro para os ingleses, ao contrário de Madrid vista como uma cidade hostil.

Mas também o envolvimento do banqueiro Ricardo Espírito Santo, em cuja casa ficou hospedado o ex-monarca, e a rocambolesca história do ministro dos negócios estrangeiros alemão, Joachim von Ribbentrop, para raptar  Edward e Wallis Simpson.

Mais do que uma interpretação das grandes linhas da política externa portuguesa nesses anos, este livro pretende ser uma crónica das múltiplas crises e desafios com que Portugal se viu confrontado e das respostas que o regime lhes deu, essencialmente no plano diplomático. 

Aqui analisa-se o período entre a ascensão de Salazar à chefia do Governo, em julho de 1932, e a adesão de Portugal à Aliança Atlântica, em 1949. A resposta à Guerra Civil de Espanha e à II Guerra Mundial pelo Estado português são os dois temas principais abordados.

Bernardo Futscher Pereira (1959) é mestre em Ciências Políticas e em Relações Internacionais pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque.

Trabalhou como jornalista antes de ingressar no Ministério dos Negócios Estrangeiros em 1987. Serviu em Bruxelas como chefe de gabinete do secretário-geral da UEO, embaixador José Cutileiro. Foi conselheiro diplomático do ministro da Defesa Nacional, José Veiga Simão, e assessor para as relações internacionais do Presidente da República Jorge Sampaio entre 1999 e 2006.

Foi cônsul-geral em Barcelona, embaixador em Dublin entre 2012 e 2017, e em Rabat entre 2020 e 2022. Foi conselheiro diplomático e 'sherpa' do primeiro-ministro António Costa entre 2017 e 2019.

Tem publicado numerosos artigos sobre a política externa portuguesa, história diplomática e política internacional. É autor de 'Crepúsculo do Colonialismo' (1949-1961) e 'Orgulhosamente Sós' (1962-1974). É embaixador em Roma desde janeiro de 2023.

Um retrato de Rasputine por quem teve o (des)prazer de o conhecer

Book Stories, 24.03.23

Italo Calvino.jpg

Rasputine – o fim da grande Rússia e a queda dos Romanov’, editado em Portugal pela Alma dos Livros, é uma leitura bastante interessante do ponto de vista histórico. Não só porque relata a vida de uma das personagens mais misteriosas da história recente da Rússia, como é escrito por uma princesa que teve oportunidade de conviver com Grigori Yefimovich Rasputine.

Para quem nunca tenha ouvido falar de Rasputine, que nasceu em 1869 e morreu em 1916, este foi um camponês de origens humildes que, através da sua astúcia, se conseguiu transformar num dos homens mais temidos e influentes do Império Russo.

Rasputine valeu-se da religião fervorosa do povo e da ambição dos nobres para se transformar num ídolo, garantindo ter premonições, o que lhe permitiu criar uma seita. E desenganem-se se pensam que apenas os pobres e analfabetos sem qualquer conhecimento seguiram este homem.

Ao contrário do que seria de esperar, homens e mulheres da alta sociedade caíram no conto do vigário e, pior, foram eles que alimentaram a lenda durante anos, o que permitiu a Rasputine frequentar os mesmos espaços da elite, construindo, desta forma, importantes alianças.

Graças a estas alianças, Rasputine aproximou-se da família imperial. O facto de o filho dos czares ter uma saúde débil e tendo em conta a reputação de milagreiro que o monge alcançou com a ajuda dos seus seguidores, Rasputine tornou-se numa presença assídua junto da czarina.

Aliás, esta aproximação valeu mesmo a criação de rumores de que Rasputine seria amante da czarina e que tinha o poder de influenciar as decisões políticas do czar – o que segundo a autora não corresponde à verdade.

Sem título.jpg

E se foi este último boato que fez do monge de origens humildes bastante rico – devido aos favores que cobrava em troca de falsos conselhos dados ao czar – foi também este boato que lhe fez chegar a morte mais cedo, pois deu origem a vários ódios e invejas.

Neste livro, a autora, a princesa Catherine Radziwill, desmonta a lenda de Rasputine com quem conversou pessoalmente. A convite de um jornal-norte americano, a autora reuniu-se com Rasputine para tentar perceber que homem era aquele cuja fama já havia ultrapassado as fronteiras do Império Russo.

Catherine descreve-o como um “mougik russo vulgar, mal-educado e sujo, desprovido de honestidade e de escrúpulos” que “contaminava todos aqueles nos quais tocava”. A sua aparência somada à sua personalidade e ao facto de ser conhecida a existência de orgias na sua casa, chocaram a autora. Não pelos factos isolados em si, mas porque apesar de todo este conjunto, homens de poder e mulheres de religião “se prostravam” perante ele, implorando por favores.

A autora conta um episódio a que assistiu e no qual viu uma mulher beijar os pés de Rasputine, apenas porque este assim o ordenou. E como esta mulher, tantas outras e tantos outros de todos os estratos sociais, se submeteram a todo o tipo de ordens, mesmo que não fizessem qualquer sentido.

Catherine, que foi uma notável aristocrata russo-polaca, conta que quando viu pela primeira vez “o ‘Profeta’ [assim era conhecido] não me pareceu o indivíduo notável que eu esperava”.

“Era alto e magro, com uma longa barba e cabelos pretos (…), os olhos eram negros com uma expressão singularmente astuta. As mãos eram a coisa mais notável no homem. Eram compridas e finas, com unhas enormes e o mais sujas possível”.

Para quem gosta de história, este é um livro que vale a pena. Permite-nos conhecer melhor a personagem e o modo de pensar do início do século XX, bem como todo o contexto político e social da época que permitiram a ascensão de um monge pobre, sem maneiras e sem educação e a sua consequente queda.

 

✅ O testemunho na primeira pessoa de quem acompanhou aqueles anos e de quem conheceu e conversou com Rasputine 

❌ Não me ocorre nenhum

⭐ 4,5

 

 

 

Richard Zimler encerra o díptico 'A Aldeia das Almas Desaparecidas'

Book Stories, 20.03.23

ni-aldeia-almas-desaparecidas-2.jpg

Depois dos desesperados esforços para salvar a avó Flor do Fogo de Santo António que dizimava Salamanca, Isaaque Zarco regressa ao Porto, onde retoma o seu trabalho como assistente de alfaiate e participa ainda mais ativamente nos serviços da sinagoga clandestina da cidade. A pacatez dos seus dias, porém, é interrompida quando, já com dezassete anos, recebe uma carta da filha adotiva de Flor, Sálvia, informando-o de que a velha curandeira foi presa pelo Santo Ofício. Isaaque vê-se então mergulhar num mundo pérfido repleto de traições, que culminam no terrífico auto de fé de Madrid, de 1680. Pior do que tudo, fica a saber que, sob tortura, a velha curandeira denunciou outros dois amigos como judeus secretos. Será ele capaz de os salvar, correndo o risco de ser preso?

Richard Zimler encerra o díptico 'A Aldeia das Almas Desaparecidas' com o volume 'Aquilo que procuramos está sempre à nossa procura'.

A espera dos leitores terminou. Exatamente cinco meses volvidos sobre a publicação de 'A Aldeia das Almas Desaparecidas I – A floresta do avesso', Richard Zimler revela o segundo e último capítulo desta saga histórica a que dedicou tantos anos de investigação. 

A 'Aldeia das Almas Desaparecidas II – Aquilo que procuramos está sempre à nossa procura' é um romance arrebatador, onde coexistem amor, traição, sacrifício e coragem.

Uma narrativa ímpar dos horrores da Inquisição, que eleva o autor ao pódio dos maiores contadores de histórias.

Para o protagonista Isaaque Zarco, agora com dezassete anos, nada voltará a ser igual. A busca de si mesmo, da sua individualidade, da sua fé e do seu lugar no mundo levam-no a entender algo importante: a certeza de que fez tudo o que estava ao seu alcance para honrar a breve vida que lhe foi concedida. 

O livro já se encontra em pré-venda e estará disponível nas livrarias a 30 de março. Antes disso, a 25 de março, a obra será apresentada em primeira mão numa sessão no âmbito do ciclo Porto de Encontro, a realizar pelas 17h00, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett (Porto). 

 

Em www.bertrand.pt

De bruxa a Santa Padroeira. Vamos conhecer a história de Joana d'Arc

Book Stories, 09.03.23

What's your top tip for just getting started.jpg

Joana d’Arc, a história da donzela de Orleães’, da autoria de Helen Castor, tem a particularidade de ter sido o primeiro livro não técnico que li em espanhol.

Comprei esta obra numa livraria lindíssima de Madrid e não me arrependi nada, pois está escrito num espanhol bastante simples de compreender. Porém, não posso dizer que tenha sido um livro que me cativou particularmente.

A determinado momento, a leitura tornou-se cansativa por ter demasiados detalhes históricos, especialmente relativos à história de França e Inglaterra e à Guerra dos Cem Anos. Talvez o erro tivesse sido meu, pois quando comprei o livro não me apercebi que seria uma obra tão histórica e biográfica.

No entanto, foi uma leitura interessante porque eu pouco ou nada sabia acerca desta personagem e fiquei a conhecer um pouco melhor esta jovem donzela que teve uma coragem que poucas pessoas, especialmente mulheres no século XV, tiveram.

Joana cresceu durante a Guerra dos Cem Anos que opôs a França a Inglaterra, e, a determinado momento, a jovem começou a ouvir vozes e a ter visões sobre o futuro da França.

Segundo disse a própria durante o seu julgamento, nas suas visões apareceram o Arcanjo Gabriel, a Santa Catarina de Alexandria e a Santa Margarida de Antioquia que lhe disseram que a sua missão era a de se juntar ao exército francês para ajudar o rei Carlos VII a derrotar os ingleses e os borgonheses na luta pela coroa francesa.

Graças à sua coragem e insistência, e também por ter conquistado o apoio popular para a sua missão, Joana, que tinha apenas 16 anos, acabou por chegar à fala direta com o rei Carlos VII.

De referir que, antes de o rei confiar plenamente nas suas palavras, Joana foi submetida a um interrogatório levado a cabo por elementos do clero, mas também teve de fazer um exame físico a comprovar a sua virgindade, até porque ela própria fazia brio da sua virgindade.

A jovem cortou o cabelo, vestiu-se de homem e seguiu para a frente de batalha, tendo alcançado importantes vitórias bélicas apenas com o uso da palavra, sem nunca ter ferido ou tirado a vida a alguém e cumpriu com a promessa que tinha feito a Carlos VII: a sua coroação na cidade de Reims.

O exército francês acabou por ser capturado, inclusive Joana d’Arc, a caminho de Paris.

Como aconteceu a tantas outras pessoas naquela época que disseram ter visões e falado com Deus, Joana acabou por ser acusada de heresia e bruxaria.

O seu julgamento foi longo e apesar de ter sido interrogada dezenas de vezes, com o propósito de ‘confessar os seus pecados’, a jovem manteve a sua palavra até ao fim, garantindo apenas servir a Deus e ter feito o que Deus lhe pediu – o que não era o que os membros do clero que a interrogaram queriam ouvir.

Joana acabou por ser condenada por heresia e bruxaria e morreu queimada, em praça pública, como era hábito naquela altura.

Já no século XX, e depois de Napoleão Bonaparte ter determinado que Joana era o símbolo de França, a jovem foi beatificada e, em 1920, canonizada, sendo agora a Santa Padroeira de França.

 

detalhes sobre a forma de estar na vida e de pensar de Joana

detalhes muito maçadores de história

⭐ 

 

grandeslivros-billboard

Com 'A Biblioteca de Estaline' ficará a conhecer melhor o sanguinário ditador russo

Book Stories, 02.03.23

Captura de ecrã 2023-02-27 234221.jpg

Chega hoje às livrarias nacionais 'A Biblioteca de Estaline', uma obra que nos ajuda a compreender melhor quem era e como pensava Josef Stalin, mais conhecido apenas por Estaline.

Um dos mais sanguinários ditadores do século XX não tinha diários, não escreveu memórias, mas era detentor de uma considerável coleção de livros.

Os milhares de livros que reuniu estão profusamente anotados. Talvez essas notas não desvendem a alma do tirano sanguinário, mas revelam o modo como viu o mundo.

Quando se assinalam os 70 anos da morte de Estaline, esta obra publicada em Portugal pela Livros Zigurate, permite ao leitor mergulhar na mente de um dos mais maldosos tiranos do século XX.

O legado de Estaline caiu em desgraça com a ascensão ao poder de Kruschev. Nessa altura os milhares de livros que Estaline leu e anotou metodicamente foram dispersos por várias bibliotecas.

Descoberto e reunido no período pós-soviético, esse acervo veio a revelar-se o melhor meio para se ter acesso à vida interior do ditador - a chave para a personalidade que fez do seu regime algo de tão monstruoso.

É na sua biblioteca pessoal, na forma como ele leu, assinalou e anotou os seus livros, que conseguimos chegar verdadeiramente perto do Estaline espontâneo - o intelectual imerso nos seus próprios pensamentos.

 

grandeslivros-billboard