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Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

O novo romance de Enrique Vila-Matas também passa por Cascais

Book Stories, 27.06.23

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'Montevideu' é o novo romance de Enrique Vila-Matas, um dos maiores escritores espanhóis dos últimos tempos, e chega hoje, dia 27, às livrarias portuguesas com a chancela da editora Dom Quixote.

Passado entre Paris e Cascais, Montevideu, Reiquiavique, St. Gallen e Bogotá, 'Montevideu' conta a história do próprio narrador, um escritor de Barcelona não consegue escrever, com um bloqueio criativo.

E é quando deixa de dar importância à literatura que lhe regressa verdadeiramente a criatividade à sua vida.

'Montevideu' é considerado um dos melhores livros do ano passado pelo El Mundo. 

'A Liberdade como Tradição' redefine o conceito de conservador

Book Stories, 06.06.23

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Já está nas livrarias, pela chancela da Dom Quixote, 'A Liberdade como Tradição', do professor universitário João Carlos Espada, director e fundador do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, um olhar euro-atlântico sobre a cultura política de língua inglesa.

Através da descrição dos percursos e das ideias de 14 pensadores, procura clarificar o significado de «liberal», «conservador», «trabalhista», e faz uma defesa persuasiva da democracia liberal.

“Embora o tema central deste livro não seja a Aliança marítima entre Portugal e Inglaterra (que remonta a 1372/73, a mais antiga aliança do mundo, ainda em vigor), este pode ser um legítimo ponto de partida para ilustrar o seu propósito central: um olhar euro‑atlântico sobre a cultura política marítima de língua inglesa, em que a liberdade é entendida sobretudo como tradição e não como rutura”, escreve João Carlos Espada, no prefácio desta “viagem pessoal, perspicaz e esclarecedora de um europeu continental admirador da tradição de liberdade do mundo anglo‑americano”, considera Timothy Garton Ash, professor de Estudos Europeus, Universidade de Oxford, Inglaterra, e investigador sénior da Hoover Institution, Universidade de Stanford, EUA.

 

'Liderança' chega a Portugal quando Henry Kissinger completa 100 anos de vida

Book Stories, 02.06.23

A Dom Quixote editou 'Liderança', livro da autoria do ex-secretário de Estado norte-americano e Prémio Nobel da Paz, Henry Kissinger, que completou 100 anos a 27 de maio.

No livro analisa as vidas de seis líderes à luz das estratégias políticas distintas que considera terem adotado.

No pós-II Guerra Mundial, Konrad Adenauer recuperou a Alemanha derrotada e moralmente falida para a comunidade internacional através da «estratégia da humildade».

Charles de Gaulle integrou a França nas potências aliadas vitoriosas e renovou a sua grandeza histórica com a «estratégia da vontade».

Durante a Guerra Fria, Richard Nixon deu vantagem geoestratégica aos Estados Unidos, concebendo a "estratégia do equilíbrio". Após 25 anos de conflito, Anwar Sadate criou um cenário de paz para o Médio Oriente com a «estratégia de transcendência».

Contra todas as expetativas, Lee Kuan Yew criou uma poderosa cidade-Estado, Singapura, seguindo a "estratégia da excelência".

Apesar de o Reino Unido ser «o homem doente da Europa», quando chegou ao poder, Margaret Thatcher renovou a posição moral e internacional do país, seguindo a "estratégia da convicção".

Em cada um destes estudos, Kissinger conjuga reflexão histórica, experiência pública e – porque conheceu cada um destes estadistas – memórias pessoais.

“O tempo passa e Kissinger não perde nenhum do poder de fogo intelectual que o distingue dos outros professores e profissionais de política externa”, escreve o historiador Niall Fergusson sobre “Liderança”.

Henry Kissinger serviu no exército norte-americano durante a II Guerra Mundial e foi professor de História e de Política na Universidade de Harvard nos vinte anos subsequentes.

Foi conselheiro de Segurança Nacional e secretário de Estado nas administrações de Richard Nixon e de Gerald Ford, e tem aconselhado desde então os presidentes dos Estados Unidos em matéria de política externa.

Foi laureado com o prémio Nobel da Paz em 1973 e recebeu a Presidential Medal of Freedom, a Medal of Liberty e outras distinções.

É autor de vários livros e artigos sobre política externa e diplomacia, incluindo 'Da China' e 'A Ordem Mundial'. É atualmente presidente da Kissinger Associates, Inc., uma empresa de consultoria internacional.

Uma 'Última Vida' cheia de poesia

Book Stories, 12.05.23

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A Dom Quixote traz-nos mais um livro de poesia, desta feita da autoria de Fernando Pinto do Amaral. 

'Última Vida' é um livro em que o poeta retoma o seu lirismo de tons melancólicos, numa evolução que leva mais longe os caminhos encetados n’ 'O Terceiro Vértice' (2019).

Tal como esse livro, 'Última Vida' divide-se em três partes: a primeira constituída por sonetos; a segunda por uma não-carta-de-amor em sete estâncias; e a terceira por poemas que parecem dar-nos o retrato de um espírito ou de um planeta feitos de sombras, em vésperas de um «fim do mundo» anunciado.

A 'Agente Sonya' foi a mais extraordinária espia da II Guerra Mundial e nunca foi apanhada!

Book Stories, 17.04.23

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Chegou esta semana às livrarias, pela Dom Quixote, o mais recente livro de Ben Macyintre que conta a história real da 'Agente Sonya', a mais extraordinária espia da II Guerra Mundial.

Através dos diários e de correspondência privada, o reputado historiador e jornalista britânico faz a biografia da única mulher que, durante décadas, sobreviveu e prosperou como espia num mundo de homens, mas que simultaneamente foi esposa, mãe de três filhos e coronel no exército vermelho.

Ursula Kuczynski (1907-2000), também conhecida como Ruth Werner, igualmente tratada por Agente Sonya, era especialista em comunicação por rádio, foi sabotadora, espiã de primeiro nível e escritora de grande sucesso na Grã-Bretanha no pós-guerra.

Por detrás da vida banal no campo inglês, recrutava físicos nucleares para construírem a bomba atómica para a União Soviética e dirigia algumas das operações de espionagem mais perigosas do século XX.

Perseguida por nazis, chineses, japoneses, o MI5, MI6 e o FBI, nunca foi apanhada.

A biografia do homem de mão de Salazar para a África Austral

Book Stories, 16.04.23

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'Jorge Jardim – Agente Secreto', de José Freire Antunes, chega às livrarias no próximo dia 25 de Abril com a chancela da Dom Quixote e conta o trajeto político e humano do homem de mão de Salazar para a África Austral, personagem enigmática e controversa das últimas décadas do regime do Estado novo e da Descolonização.

De sub-secretário de Estado de um governo de António de Oliveira Salazar, rapidamente se mudou para África e aliou a sua atividade empresarial à política e diplomacia... paralela.

Esteve em Angola no início de 1961, foi preso no ex-Zaire e saiu liberto escapando ao pelotão de fuzilamento porque... tinha muitos filhos.

Entrou na Índia disfarçado, para recolher informações e voltou após a queda de Goa para negociar a libertação do contingente militar aprisionado pelos indianos.

Em Moçambique, exerceu influência que ultrapassava as autoridades civis e militares e negociou com os governos moderados da Zâmbia e Malawi, enquanto montava uma rede de informações nos países vizinhos, com moçambicanos e desertores da própria FRELIMO.

A história de uma das figuras mais carismáticas e influentes da fase final do Império português.

Este é o 'Livro dos Cancelados' e é um alerta para o perigo da cultura 'woke'

Book Stories, 22.03.23

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A Dom Quixote lançou, ontem, o 'Manual do Bom Cidadão, o Livro dos Cancelados', do economista e intelectual espanhol Jorge Soley, um livro para compreender e resistir à cultura do cancelamento que domina as redes sociais e a nossa sociedade.

Palavras. Estátuas. Livros e, até, pessoas são canceladas. Tudo deve ajustar-se aos moldes do politicamente correto. A pergunta é óbvia: Porquê? O que fazer perante o crescimento da política 'woke'?

“É muito provável que não tenhamos vontade de nos vermos imersos num processo público de cancelamento, mas também é crescente a probabilidade de que, sem o desejarmos, tenhamos de enfrentar uma situação em que devemos escolher entre dizer a verdade e assumir as consequências, ou mentir, moldarmo‑nos ao politicamente correto e passarmos despercebidos. A maioria de nós, ocupada como está com as nossas famílias, os nossos amigos, os nossos trabalhos e atividades, preferiria passar ao lado de todos esses conflitos, controvérsias e cancelamentos que dividem a nossa sociedade. Mas a neutralidade já não é uma opção”, escreve o economista e professor universitário espanhol, Jorge Soley Climent, um intelectual católico, licenciado em Economia pela Universidade de Barcelona, colunista habitual na imprensa espanhola.

Professores com processos disciplinares por ensinar que o sexo é determinado por um par de cromossomas, contas de Twitter suspensas por referirem que a relva é verde, estátuas derrubadas e vandalizadas, filmes da Disney considerados abominações, livros que têm de ser reescritos, palavras que, de um dia para o outro, se transformam em termos proibidos e podem arruinar a nossa carreira ou mesmo a nossa vida…

A controvérsia suscitada por esta cultura do cancelamento deriva e entronca, segundo o autor, no crescimento das 'fake news'. O aumento da desinformação, usada inclusive por governos e movimentos políticos e ideológicos - que recorreram às redes sociais para espalhar informações falsas entre a população - leva a que se considere normal a censura de certas mensagens.

Soley julga, no entanto, ser bastante mais perigoso utilizar o medo para cancelar tudo aquilo que é contrário à ideologia que defende. “A desinformação sempre existiu, sempre houve propaganda. Mas sempre pensámos que as pessoas são suficientemente maduras para distinguir a informação viável da falsa”, afirma, quem considera que a justiça é a única solução, “já que o cancelamento é um caminho perigosíssimo”.

Jorge Soley Climent foi fundador e presidente da European Dignity Watch e é patrono do Center for European Renewal e da Fundación Pro-Vida de Cataluña.