O ‘Sol da Meia-Noite’ é uma escuridão imensa
Li os livros da saga ‘Crepúsculo’ quando foram editados. Este género literário não é de todo o meu preferido, mas naquela época – já se passaram bons anos – não se falava noutra coisa e eu decidi tentar perceber a razão para a loucura com vampiros e lobisomens.
Com pouco mais de 20 anos, li todos os livros sem grandes demoras, pois a história é cativante e a escrita envolvente. E, claro, vi os filmes também.
Um facto curioso: o meu filme preferido equivale ao livro que menos gostei (‘Lua Nova’).
Pois bem, volvidos mais de dez anos, Stephenie Meyer decidiu lançar os pensamentos de Edward Cullen e eu, aproveitando uma promoção na Feira do Livro, adquiri o 'Sol da Meia-Noite' – e que enorme que é: são quase 800 páginas!
Mas eu estava convencida que ia valer a pena, especialmente porque eu adorava o Edward – team Cullen me confesso! – e seria interessante conhecer a alma do vampiro mais badalado dos últimos tempos.
Bom, foi um tiro completamente ao lado! O livro é aborrecido, chato, repetitivo e incapaz de prender a atenção do leitor.
Bastavam 300 páginas para a autora nos mostrar como é que o Edward viveu os acontecimentos do primeiro livro. Até porque um dos grandes problemas do ‘Sol da Meia-Noite’ é que é um livro repetitivo, pois o Edward pensa sempre o mesmo: que é um assassino, que lhe custa sentir o odor do sangue da Bella, que é um monstro e por aí adiante.
Ler isto durante mais de 700 páginas é, além de muito aborrecido, deprimente, o que me fez saltar várias páginas, lendo apenas na diagonal.
“Sou um assassino”, “eu não a mereço”, “sou um perigo para a Bella”! A cada dois parágrafos há uma destas expressões.
Com este livro, Stephenie Meyer conseguiu destruir a beleza da personagem do Edward!
✅ conhecer um pouco melhor os pensamentos do Edward; ter uma perspetiva diferente dos mesmos acontecimentos
❌ extremamente repetitivo, aborrecidamente negativo, demasiado longo para uma história que já tinha sido contada
⭐ 2