Heróis ou patifes? Um retrato d’Os Reis Mercadores' e dos agentes oficiosos da expansão colonial
Extremamente competitivos, tacitamente brilhantes e implacavelmente determinados.
Os líderes das companhias de comércio monopolistas que imperaram do início do século XVII até finais do século XIX mudaram a História de uma maneira tão significativa como os mais celebrados generais, líderes políticos e inovadores tecnológicos.
As suas conquistas, façanhas e falcatruas estão em 'Os Reis Mercadores – Quando as Companhias de Monopólio Governavam o Mundo (1600-1900)', uma obra fascinante de Stephen R. Bown que a Temas e Debates já fez chegar às livrarias.
Contemplar os reis mercadores daqueles primeiros tempos é como olhar para um retrovisor: remova-se o verniz cultural, e o mesmo género de pessoas, a misturar negócio e política, continua ainda hoje a enformar o nosso mundo
Colocados num contexto único de grandes mudanças, livres das restrições legais e morais que nos seus países lhes limitariam o comportamento e a atividade comercial, os reis mercadores assumiram o controlo de vastos territórios e expandiram largamente os seus monopólios, adquirindo uma grande variedade de funções governamentais e militares, bem como um poder político ditatorial sobre milhões de pessoas.
Adotando uma abordagem biográfica e narrativa e usando as técnicas da ficção, o premiado autor Stephen R. Bown leva-nos numa extraordinária viagem protagonizada por Jan Pieterszoon, da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais, Pieter Stuyvesant, da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, Robert Clive, da Companhia Inglesa das Índias Orientais, Aleksandr Baranov, da Companhia Russo-Americana, George Simpson, da Companhia da Baía de Hudson, e Cecil Rhodes, da Companhia Britânica da África do Sul, numa obra de grande fôlego que também nos mostra o perigo potencial das atuais tendências de globalização.