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Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Identidade e aculturação na reedição do 'Cais das Merendas' de Lídia Jorge

Book Stories, 29.06.23

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O 'Cais das Merendas', da autora portuguesa Lídia Jorge, desenvolve-se em torno dos temas da identidade e da aculturação.
 
Estamos perante uma narrativa poética, teatralizada, em que as personagens rurais, confrontadas com o mundo exterior, dão testemunho da sua intimidade, medos e desejos mais profundos.

A acção desenrola-se à beira-mar, numa praia do Sul de Portugal, girando as figuras em torno de um pólo central: o Hotel Alguergue.
 
Ocupado durante a época alta por turistas de várias nacionalidades, o hotel fica completamente despovoado durante os meses de Inverno.
 
É então que os naturais da zona, esquecidos dos seus hábitos, precisam de se embriagar para voltarem a usar a sua língua materna e recitarem em voz alta as histórias tradicionais do seu país.
 
Figuras como Rosarinho, Pai Patroços, Miss Laura ou Sebastião Guerreiro, que vemos desfilar durante esses parties interpretam a hesitação de uma comunidade dividida entre o desejo de se modernizar e o de manter o que de si mesma entende por próprio e genuíno.
 
"No momento em que Portugal abandonava as últimas ilusões épicas e o mundo nos descobria como paraíso turístico, Lídia Jorge, cronista minuciosa e irónica da metamorfose do nosso secular “cais das merendas”, em vitrina cosmopolita, inventou-nos uma singular epopeia", refere Eduardo Lourenço a propósito da obra vencedora do Prémio Cidade de Lisboa.

A obscena dança de morte de Camilo José Cela

Book Stories, 28.06.23

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A cadência de 'Mazurca para Dois Mortos', o romance grotesco do não menos truculento Camilo José Cela, escreve-se ao ritmo da dança polaca que lhe dá nome, com um compasso ditado pelo acordeonista da casa de putas, o cego Gaudêncio.

Um ritmo tão trágico quanto cruel, uma história de Espanha e uma galeria de personagens que nunca mais vamos esquecer. Isso explica por que razão o autor foi premiado com o Nobel.

O cego Gaudêncio só tocou duas vezes a mazurca 'Ma Petite Marianne': em novembro de 1936, quando mataram Baldomero Afoito, e em janeiro de 1940, quando mataram Fabián Minguela. Depois nunca mais quis voltar a tocá-la. Eram os tempos turvos e vingativos da Guerra Civil de Espanha.

'Mazurca para Dois Mortos' constitui uma impressionante rememoração do ambiente quase mítico da guerra, da Galiza rural e da violência humana. Um retábulo de vidas dominadas pela violência, pelo sexo e pela superstição atávica.

Uma das melhores obras de um dos mais importantes escritores espanhóis contemporâneos, 'Mazurca para Dois Mortos' alcançou em Espanha 18 edições em três anos e está traduzida para várias línguas europeias. É um genuíno tour de force quanto ao tratamento da forma narrativa.

Estamos perante a obra de um dos mais altos expoentes da literatura espanhola, cujo perfeito domínio da ambiguidade e cuja capacidade para a criação de ambientes requintadamente insólitos só são superados pelo manejo excecional das formas literárias.

 

O novo romance de Enrique Vila-Matas também passa por Cascais

Book Stories, 27.06.23

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'Montevideu' é o novo romance de Enrique Vila-Matas, um dos maiores escritores espanhóis dos últimos tempos, e chega hoje, dia 27, às livrarias portuguesas com a chancela da editora Dom Quixote.

Passado entre Paris e Cascais, Montevideu, Reiquiavique, St. Gallen e Bogotá, 'Montevideu' conta a história do próprio narrador, um escritor de Barcelona não consegue escrever, com um bloqueio criativo.

E é quando deixa de dar importância à literatura que lhe regressa verdadeiramente a criatividade à sua vida.

'Montevideu' é considerado um dos melhores livros do ano passado pelo El Mundo. 

Conheça 'As Bombas Que Aterrorizaram Portugal'

Book Stories, 26.06.23

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Fernando Cavaleiro Ângelo traz-nos 'As Bombas que Aterrorizaram Portugal', obra que chegou às livrarias a 13 de junho com a chancela da Casa das Letras.

Este livro, do mesmo autor de 'DINFO – A Queda do Último Serviço Secreto Militar', conta-nos os bastidores do terrorismo e do contrarevolucionário no pós-25 de Abril.

Trata-se de uma investigação repleta de histórias e de dados até agora desconhecidos que analisa o Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP) dirigido, na parte operacional, pelo comandante Alpoim Calvão e encabeçado, a partir do Brasil, por António de Spínola, durante o período entre 5 de maio de 1975 e 29 de abril de 1976. 

Trágico, belo e profundo. Assim é 'A Bela Senhora Seidenman'

Book Stories, 25.06.23

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Trágico, belo e profundo, 'A Bela Senhora Seidenman', de Andrzej Azczypiorski, dá-nos a conhecer uma mulher e uma cidade num mundo em convulsão.
 
Em 1943, a cidade de Varsóvia encontra-se sob a ocupação nazi. 
Irma Seidenman é uma jovem viúva judia com dois atributos preciosos: cabelo loiro e olhos azuis.
 
São eles a delimitar a fronteira entre a sua vida e a sua morte. Com a ajuda de documentos falsos, consegue escapar ao gueto fazendo-se passar pela mulher de um oficial polaco, até ao dia em que é descoberta e entregue à Gestapo.
 
Seguem-se trinta e seis horas de detenção e um resgate no limite do impossível, que chega quando os últimos judeus da cidade enfrentam a morte num cenário de terror apocalíptico.
 
 
Nas ruas de Varsóvia, personagens tão reais que parecem saltar das páginas repetem as rotinas possíveis por entre o caos e o violento desenrolar da História.
 
As suas vozes acompanham-nos nesta caleidoscópica e inquietante viagem aos limites do amor, da abnegação e da crueldade.
 
Brilhante e oportuno, este romance foi internacionalmente aclamado pela crítica e pelo público aquando da sua publicação na década de 1980, e surge agora numa nova edição com introdução de Chimamanda Ngozi Adichie.

Chega ao fim 'Anjo de Veludo'. Está pronto?

Book Stories, 24.06.23

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Já se encontra à venda nas livrarias nacionais 'Quarteto de Veludo', o último livro da série 'Anjo de Veludo' da autora Jude Deveraux.

Ela chegou até ele como um presente precioso, um anjo nu enrolado num tapete. Assim que Miles olhou para os seus olhos verdes e viu o emaranhado de cabelo louro mel, ficou apaixonado.

Elizabeth nunca se renderia. Ele era um Montgomery. ela era uma Chatworth… e a guerra de sangue entre suas famílias continuava, uma tempestade de violência e traição.

Elizabeth jurou lutar contra o belo lorde, resistir ao desejo ardente nos seus olhos - não importa quão grande fosse a tentação. Mas rapidamente descobre que tudo o que pensava ser verdade, aquilo por que estava disposta a sacrificar a vida, pode não ser real.

No volume final desta série, as tensões atingem o auge, e Elizabeth enfrenta uma escolha impossível: família ou amor?

Já percebi por que 'Dom Casmurro' é um clássico da literatura!

Book Stories, 23.06.23

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Esta foi a minha primeira aventura na literatura brasileira. ‘Dom Casmurro’, de Machado de Assis, foi publicado pela primeira vez em 1899 e é um dos grandes clássicos da literatura escrito em português do Brasil.

Como foi a primeira vez que li um livro de um autor natural do Brasil não sei se é prática comum, ou não, estar escrito em português das Terras de Vera Cruz. Ao início incomodou-me um pouco, mas depois o meu cérebro habitou-se e já nem dava pela diferença.

A história é mesmo muito interessante. É mais do que a promessa que a mãe de Bentinho fez de que seria padre; é mais do que os planos de Bentinho para deixar o seminário.

É uma história que acompanha o nascimento de um grande amor, mas também de uma grande insegurança que acaba por destruir três vidas.

A escrita de Machado de Assis é deliciosa; consegue ser leve e profunda logo na frase a seguir; consegue descrever cenas banais, como uma troca de olhares, para de seguida fazer reflexões profundas sobre o ser humano.

O discurso humano é composto por partes excessivas e partes diminutas que se compensam ajustando-se

O livro está tão bem conseguido que eu terminei a leitura sem ter a certeza absoluta de que a conclusão de Bentinho – e que lhe alterou toda a vida – aconteceu de facto ou não.

Os ciúmes conseguem mesmo moldar o discernimento de uma pessoa. Terá sido mesmo traído ou a sua insegurança era tanta que os seus olhos começaram a ver o que não existia?

É uma pergunta à qual não obtemos resposta, o que não deixa de ser um dos maiores pontos de charme desta história.

Ponto positivo também para o facto de esta obra, pelo menos a edição que tenho, que é da Guerra e Paz, ainda não ter sido censurada, podendo ler-se frases como “manda-se lá um preto dizer que o senhor janta aqui” que são um retrato fiel da sociedade do final do século XIX – porque um livro também é isso: um retrato da época em que é escrito!

 

toda a história: os detalhes da linguagem e do pensamento

 até um determinado momento a história é lenta e depois acelera bastante

⭐ 

Isabel Allende sabe que 'O vento conhece o meu nome'

Book Stories, 22.06.23

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Depois de títulos como 'Violeta' ou 'Mulheres da minha alma', a autora bestseller do New York Times, Isabel Allende, continua a dar mostras da sua capacidade de se reinventar a cada livro, oferecendo aos leitores uma história profunda e de uma sensibilidade extrema, que desta vez se situa na contemporaneidade, desde a infame Noite de Cristal na Alemanha nazi até aos dias de hoje nos EUA, por altura da controversa política de imigração implementada por Donald Trump.

Em ambos os casos, as consequências para o comum dos mortais foram devastadoras, com milhares de famílias separadas e destruídas.

De forma magistral, Isabel Allende entrelaça as histórias de duas crianças vítimas das consequências da guerra e da migração forçada. Separadas por oito décadas, estas linhas narrativas acabam por se encontrar, constatando que todas as vidas estão interligadas.

'O vento conhece o meu nome' é um romance que, seguindo a tradição da autora, permanecerá com os leitores muito depois da última página, levando-os a acreditar que, mesmo perante as maiores adversidades, têm em si as maiores armas para mudar o mundo e o próprio destino – a bondade e a capacidade de sonhar

'Deus quer que sejas feliz' é a nova mensagem do Papa Francisco

Book Stories, 21.06.23

 

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'Deus quer que sejas feliz' é o mais recente livro do Papa Francisco, acaba de chegar às livrarias publicado pela Albatroz, e vem na sequência de 'A alegria de um sorriso', outra obra que espelha os grandes pilares deste pontificado.


O título revela automaticamente a sua premissa, mas o representante máximo da Igreja Católica vai mais além e indica o caminho para alcançar a felicidade.

Através de 15 passos, que vão desde “vive uma inquietude saudável” a “aprende a perdoar”, o Sumo Pontífice encoraja os leitores a serem “revolucionários”, sobretudo perante as adversidades.

Este livro é o manifesto do Papa para uma realização pessoal autêntica nos tempos desafiantes que se vivem. Em 8 capítulos, o Papa Francisco partilha pensamentos detalhados e reflexões profundas, prevenindo para o perigo de, no mundo de hoje, se fazer uma interpretação errada do que é a felicidade e de como esta pode ser alcançada.

Nesta obra, Sua Santidade mostra um lado mais pessoal ao revelar alguns dos seus livros e filmes favoritos – obras de Dante, Dostoiévski, Tolkien ou Fellini – que ilustram a mensagem que pretende transmitir.

Em Deus quer que sejas feliz, o Sumo Pontífice volta a fazer uso da escrita para recordar que “Deus nos quer herdeiros de uma promessa e cultivadores incansáveis de sonhos”.

Camilla Läckberg vem a Portugal libertar 'O Cuco'

Book Stories, 20.06.23

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Camilla Läckberg, a autora sueca mais lida em todo o mundo, esteve na Feira do Livro de Lisboa com a Porto Editora para apresentar 'O cuco'.

Traduzido diretamente do sueco por João Reis, 'O cuco' é o mais recente livro da série 'Os crimes de Fjällbacka' e vai permitir aos leitores o reencontro com Erica Falck e Patrcik Hedström, após 5 anos de interrupção.

Neste livro, os dois vão ter de navegar entre o passado e o presente para perceberem de que forma estão relacionados para poderem concluir a investigação de dois crimes: o brutal assassinato de um conhecido fotógrafo e o homicídio da família de um escritor que se preparava para receber o Nobel da Literatura

Traduzida em 60 países, com mais de 30 milhões de exemplares vendidos e considerada uma das principais escritoras de thriller nórdico, Camilla Läckberg destacou-se logo no primeiro livro desta saga, 'A princesa de gelo', que agora é reeditado pela Porto Editora e está disponível desde 1 de junho.

'Gritos do passado' é o segundo livro da série e foi lançado a dia 15 de junho. Os restantes 8 títulos da coleção serão republicados em edições revistas.

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