Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

David Walliams liberta 'Os Piores Animais de Estimação do Mundo'

Book Stories, 31.05.23

1.jpg

Depois de sucessos como a trilogia 'As Piores Crianças do Mundo' ou o livro 'Os Piores Professores do Mundo', a Porto Editora publica agora, a 18 de maio, um dos mais recentes livros de David Walliams, 'Os Piores Animais de Estimação do Mundo'.

Através de dez contos e dez animais, o autor apresenta-nos um lado dissimulado e mirabolante do reino animal. Desde Houdini, a coelhinha mágica, passando por Zum, a tartaruga supersónica ou Úrsula, a ursa que transporta consigo um grande segredo, cada uma das personagens deste novo livro conduz os pequenos leitores a um mundo de exotismo e loucura, em que o lado mais terrível do melhor companheiro do homem vem ao de cima.

É altamente provável que, depois de conhecer Picasso, um pónei artista, ou Max, um cão que sabe cantar ópera, não será mais possível encarar os animais de estimação da mesma forma.

Com mais de 20 obras publicadas para jovens e crianças, David Walliams é uma das referências incontornáveis na literatura juvenil: os seus títulos foram traduzidos em 55 línguas e venderam mais de 53 milhões de exemplares.

Em Portugal, os seus livros estão recomendados pelo Plano Nacional de Leitura, são utilizados em manuais escolares e figuram várias vezes entre os favoritos dos mais novos, que fazem do autor uma referência no universo infantojuvenil nacional

A história secreta da rede de cunhas e favores do Estado Novo

Book Stories, 30.05.23

1.jpg

Pedidos de cargos, favorecimentos ou até ajuda para resolver questões com amantes: foram milhares as cartas que António de Oliveira Salazar recebeu durante os anos em que governou o país e que revelam uma rede de influências até agora desconhecida. 

'Salazar Confidencial' é o primeiro grande trabalho de análise e estudo de um arquivo onde constam mais de seis mil nomes e setenta mil folhas de carta, cartões, relatórios, fotografias e outros documentos analisados por Marco Alves e transformados em livro pela Ideias de Ler.

Entre ministros, deputados, amigos, familiares, juízes, padres, militares e muitos mais, encontram-se mensagens de diversas figuras que a história esqueceu, mas também de outras que celebrizou, como Humberto Delgado, ou que continuaram a ser figuras destacadas após a queda do regime.

Estes documentos expõem a proximidade e intimidade de um regime sustentado em cunhas e favores e mostram que Salazar, para além de ter usado os privilégios do cargo em benefício próprio, acedeu a um grande número dos pedidos que recebeu, deitando por terra a reputação de político ético e rigoroso que construiu e que foi mantida até à atualidade.

Enquanto a mão visível da máquina do Estado exercia a opressão sobre a população e ferramentas como a censura ou a polícia política serviam o propósito de manter o regime, esta mão invisível usava a mesma máquina para, contornando as regras impostas pela própria, resolver os problemas do Presidente do Conselho de Ministros e dos que lhe estavam próximos.

Este livro é, assim, um mergulho na vida privada do regime que, quase 50 anos após o seu fim, continuava por se descobrir.

 

Eis a adaptação infantil de um dos 'Casos do Beco das Sardinheiras' de Mário de Carvalho

Book Stories, 29.05.23

1.jpg

A Porto Editora publicou 'A Torneira', a adaptação a livro infantil de um dos 'Casos do Beco das Sardinheiras', obra icónica de Mário de Carvalho.

Naquele recanto desassossegado do bairro, quando todas as brincadeiras pareciam já ter sido feitas ou perdido a graça, um rapazinho põe a populaça em alvoroço.

O Beco das Sardinheiras é um beco como qualquer outro, encafuado na parte velha de Lisboa, só que as peripécias que aí ocorrem não lembram a ninguém. Foi o que aconteceu no dia em que o Pedro, um gaiato remexido, de grandes olhos azuis, decidiu entrar pela porta da gateira, interdita aos miúdos do bairro, e rodar a torneira que aí encontrou!

Depois de 'O homem que engoliu a lua', 'A torneira' é a segunda revisitação, destinada aos leitores mais pequenos, das extravagantes aventuras e personagens dos 'Casos do Beco das Sardinheiras'. 

Com potencial para ser trabalhada em contexto de sala de aula, esta narrativa de Mário de Carvalho ganha vida e cor graças às primorosas ilustrações de Pierre Pratt.

'Últimos dias em Berlim' é um romance arrebatador no dealbar de uma das maiores ditaduras da História

Book Stories, 28.05.23

1.jpg

'Últimos dias em Berlim' é o mais recente livro de Paloma Sánchez-Garnica. Finalista do Prémio Planeta 2021, esta obra já chegou a cerca de duzentos mil leitores e é agora publicada pela Porto Editora.

Com mestria, a autora conduz os leitores numa viagem pela Europa dilacerada pela guerra, desde a ascensão da revolução bolchevique até à queda do regime de Hitler. A narrativa alterna entre a Rússia comunista, a Alemanha nazi e uma Espanha marcada pela ditadura franquista, evidenciando um paralelismo entre uma ditadura de extrema-esquerda e uma outra, fascista – ambas com consequências nefastas na vida de Yuri Santacruz e daqueles que ama.

Confrontando o protagonista com a necessidade de lutar pela sobrevivência e com a importância de viver de forma determinada e justa, sem arrependentimentos, esta viagem pela História da Europa é uma lição de liberdade e evidencia que o amor e a esperança são mais poderosos que o ódio e a fúria.

Aproximando a obra da atualidade, a autora destaca uma imagem do conflito em solo ucraniano: “Vemos as imagens das estações de comboio na Ucrânia sempre preenchidas por despedidas – as mulheres e as crianças saem do país e os homens ficam.”

E remata dizendo que “Não queria contar os grandes acontecimentos históricos, mas contar o que pessoas comuns viveram. Queria contar a história do ser humano, não da guerra.

 

feiralivro-billboard

Capitalismo: ameaça ou solução?

Book Stories, 27.05.23

1.jpg

O capitalismo de mercado livre é uma das mais impactantes invenções da humanidade e a sua maior fonte de prosperidade. Mas esse sucesso carrega graves consequências: o mesmo sistema que gera riqueza está, gradualmente, a contribuir para a destruição do planeta e para a desestabilização da sociedade. 

Rebecca Henderson defende que o tempo para agir se está a esgotar e que é imperativo 'Repensar o Capitalismo para Salvar a Humanidade'. O livro chega agora a Portugal com a chancela da Ideias de Ler.

Professora na Universidade de Harvard, uma de três “Diretores Excecionais” para o Financial Times em 2019 e especializada na inovação e mudança organizacional, Rebecca Henderson defende que se todas as empresas do planeta adotassem um propósito além do lucro imediato, perseguissem uma estratégia de valor compartilhado e fossem apoiadas por investidores sofisticados e comprometidos com o longo prazo, isso já se traduziria num enorme avanço, mas nem de longe o suficiente para resolver grandes problemas, como as mudanças climáticas.

Muitos desses problemas são verdadeiramente coletivos – resolvê-los beneficiaria todos, mas nenhuma empresa tem a capacidade de o fazer sozinha.

'Repensar o Capitalismo para Salvar a Humanidade' pretende apontar caminhos que as empresas, as instituições e os governos podem seguir para tornarem o sistema mais justo, equilibrado, sustentável e humano, indo ao encontro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Para o fazer apresenta propostas de ação, exemplos de corporações e empreendedores que já estão a seguir esta via e, a cada leitor e cidadão, deixa ainda seis conselhos: descobrir a sua missão, levar os seus valores para o emprego, trabalhar no setor público, envolver-se nas decisões políticas, cuidar da própria saúde e bem estar e, por último, procurar alegria.

São propostas simples mas essenciais e realmente eficazes para que todos – cidadãos individuais, instituições privadas e governos – contribuam para um futuro não só mais sustentável, saudável e feliz, mas também mais próspero.

 

feiralivro-billboard

'Essa dor não é tua' é um guia para resolver traumas do passado

Book Stories, 26.05.23

Sem título.jpg

 

Pioneiro no campo do trauma familiar hereditário e fundador do Instituto de Constelações Familiares, Mark Wolynn, conceituado especialista internacional, apresenta em livro uma abordagem transformadora para a resolução de conflitos que atravessam gerações e condicionam os comportamentos atuais.

'Essa dor não é tua' integra a coleção Viagens da Alma, editada pela Albatroz, e já está disponível nas livrarias.

As constelações familiares são consideradas um método que ajuda a quebrar dinâmicas antigas que estão a condicionar o presente, criando padrões de sofrimento, depressão, ansiedade, doenças ou fobias.

Esta terapia é usada, em muitos casos, em sessões de grupos de pessoas que representam diferentes papéis familiares, com o objetivo de desbloquearem determinados comportamentos e situações de vida.

Traduzido para mais de 30 línguas, referenciado por algumas publicações como um dos melhores livros sobre saúde mental e vencedor do Silver Book Award in Psychology, 'Essa dor não é tua' é um guia onde o leitor vai encontrar testemunhos e relatos de quem já usou este método, mas também técnicas que lhe vai permitir compreender os vínculos estabelecidos com os antepassados e romper com as lealdades inconscientes que influenciam negativamente o seu percurso.

 

feiralivro-billboard

Será possível impedir um crime depois de já ter acontecido?

Book Stories, 25.05.23

Sem título.jpg

Gillian McAllister marca encontro com os leitores 'No sítio errado, à hora errada'.

Logo nas primeiras páginas, os leitores acompanham uma mãe no pior momento da sua vida: de madrugada, junto à janela, vê o filho a cometer um crime, um homicídio, a ser detido e a comprometer o seu futuro.

Em exaustão e com um crescente sentimento de impotência, Jen adormece e acorda 'No sítio errado, à hora errada'. Este thriller de Gillian McAllister acaba de chegar às livrarias nacionais publicado pela Porto Editora.

Ao perceber que está a viver no dia anterior à tragédia, e que todas as manhãs regressa a outro dia antes do assassinato, a mãe de Todd, presa nesta espiral do tempo, formula uma hipótese: será que ainda pode evitar que o filho se torne um assassino?

Com um equilíbrio entusiasmante entre um policial arrepiante e um romance sobre amor, culpa e tristeza, 'No sítio errado, à hora errada' é uma história irreverente, que convida à reflexão sobre a importância de aproveitar cada momento.

Com originalidade, Gillian McAllister não volta ao passado para resolver ou explicar o crime, a autora narra a história ao contrário, retrocedendo no tempo e encontrando pistas em cada dia que passou.

Segundo a própria, este exercício implicou isolamento e uma utilização peculiar da sua cozinha: «No lado esquerdo, tinha uma linha do tempo que avançava e que intitulei de "O que é que realmente aconteceu?" A outra linha do tempo, na parede da direita, retrocedia, descobrindo pistas à medida que a minha protagonista recuava no tempo. Todas as manhãs, eu selecionava um post-it da esquerda e da direita, contava-os e escrevia a cena".

 

feiralivro-billboard

Andrei Kurkov satiriza a Ucrânia do período pós-soviético

Book Stories, 24.05.23

Sem título.jpg

Depois da publicação de 'Abelhas cinzentas', em setembro do ano passado, a Porto Editora faz regressar às livrarias portuguesas, em edição revista, 'A morte e o pinguim', de Andrei Kurkov. 

Se 'Abelhas cinzentas' traça o retrato de um país em guerra com o vizinho russo, após a ocupação da Crimeia, 'A morte e o pinguim' mostra uma sociedade em convulsão, nos anos após a independência, onde a realidade ultrapassa a mais inventiva das ficções.

Este romance é considerado a obra-prima de um dos mais destacados romancistas ucranianos da atualidade, tendo sido publicado em mais de 40 países. 

Viktor Zolotaryov é um escritor sem emprego e sem forma de fazer frente às despesas do dia a dia, até ao momento em que é contratado para escrever obituários num jornal.

Esta inesperada fonte de rendimento traz um novo alento à sua vida e à de Misha, o pinguim que resgatou do Zoo de Kiev. Porém, a euforia desvanece quando percebe que os seus textos são na verdade uma lista de alvos a abater.

Viktor e Misha veem-se no centro de uma perigosa e surreal sucessão de acontecimentos, envolvendo uma rede mafiosa que está a tomar o poder de assalto.

Numa alegoria impactante, Kurkov faz de Misha uma espécie de espelho melancólico de Viktor: assim como o pinguim foi arrancado da Antártida e depois do Zoológico, o escritor está a tentar sobreviver numa cidade se tornou hostil para os seus habitantes.

É com um domínio exímio do limbo entre realidade e ficção que o autor reflete, no seu habitual registo sarcástico e cáustico, sobre o estado do seu país num importante momento histórico que, em sua opinião, acabará por estar na origem de tudo o que viria a acontecer a seguir: em pouco mais de trinta anos, a Ucrânia assistiu ao crescimento da influência da máfia, passou por eleições fraudulentas, teve um candidato presidencial envenenado, operou várias revoluções, vive uma guerra dentro de fronteiras desde 2014 e combate a invasão russa ao seu território há mais de um ano.

 

feiralivro-billboard

José Saramago e a vocação de agitar consciências

Book Stories, 23.05.23

Sem título.jpg

A Porto Editora publicou, este mês, 'Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas', com capa caligrafada por José Luís Peixoto. Fica assim completa a coleção de obras de José Saramago para cujos títulos várias personalidades da cultura de língua portuguesa emprestaram a sua letra

Aquando da sua morte, em 2010, José Saramago deixou escritas trinta páginas daquele que seria o seu próximo romance; trinta páginas onde estava já esboçado o fio argumental, perfilados os dois protagonistas e, sobretudo, colocadas as perguntas que interessavam à sua permanente e comprometida vocação de agitar consciências. 

'Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas', o título que começou por ser uma epígrafe, evoca a tragicomédia 'Exortação da Guerra', de Gil Vicente.

Dois textos – de Fernando Gómez Aguilera e Roberto Saviano – situam e comentam as últimas palavras em papel do Prémio Nobel português, cuja força as ilustrações de um outro Nobel, Günter Grass, sublinham.

A questão da «responsabilidade ética do sujeito, para consigo próprio e para com a sociedade» continua hoje tão pertinente (ou mais) quanto há catorze anos, quando foi explorada nestas páginas.

Tomando como argumento «o mundo inóspito e lacerante» da produção e do uso de armas, Saramago alinhava aqui «um romance de ideias com uma forte componente de reivindicação e provocação», nas palavras de Fernando Gómez Aguilera.

Uma narrativa de extrema atualidade, que aponta o dedo à importância de estarmos ou não estarmos «dentro das coisas»: de termos capacidade de análise crítica e de combate ao status quo da mediocridade, da corrupção, do abuso de poder.

 

feiralivro-billboard

‘A Dama Roubada’ é uma perda de tempo!

Book Stories, 22.05.23

photo_2023-05-07_11-12-59_edited.jpg

 

É muito raro comprar um livro acabadinho de chegar às livrarias, exceto se for uma obra que esteja à espera que seja publicada. 

 

Mas andava nas lides do Instagram e vi um trailer que me chamou a atenção por misturar Segunda Guerra Mundial e Leonardo da Vinci. 

 

Imediatamente encomendei ‘A Dama Roubada’, de Laura Morelli, cheia de entusiasmo por ler, afinal juntava dois assuntos que adoro. 

 

Só que não! 

 

Não adorei o livro e, para ser honesta, pouco gostei. Mas vamos por partes. 

 

A autora teve uma ideia interessante que foi contar três histórias que de alguma forma se misturavam, mas a sua execução não foi a melhor. 

 

Temos Anne, Bellina e Leonardo Da Vinci. O que une estás três personagens é La Gioconde, mais conhecida por Mona Lisa. 

 

Bellina é a ama e a criada de uma vida de Lisa; Leonardo da Vinci é contratado para fazer o retrato pintado de Lisa e Anne (que vive no século XX durante a Segunda Guerra Mundial) tem a missão de proteger o quadro da Mona Lisa dos nazis que invadiram Paris. 

 

Vamos acompanhando a história destas três personagens na primeira pessoa pois são os narradores dos seus próprios capítulos. 

 

Anne é uma personagem que tinha todos os ingredientes para ser espetacular. Só que não! É uma jovem que é datilógrafa no Museu do Louvre. Está aborrecida porque, por uma razão que a autora não conta, se chateou com Emile (que não se percebe quem é); porque a mãe sempre trocou a família por cigarros e danças nos cabarets parisienses; porque sempre teve de tomar conta do irmão mais novo e vive uma vida sem graça e sem futuro aparente. Mas de repente transforma-se numa heroína que protege as obras de arte retiradas do Louvre, aprendendo, inclusive a disparar armas de fogo e a matar nazis!

 

Os capítulos sobre Anne contam como ela e os outros funcionários do museu parisiense se mudaram de castelo em castelo por França para proteger as obras de arte. Mas mesmo isto é aborrecido. Depois conhece um belo italiano por quem se sente atraída, mas ele é obrigado a deixar a comitiva do Louvre. Nova mudança de castelo, Anne conhece outro jovem – este da Resistência Francesa – por quem também se sente atraída. Entretanto, a guerra acaba e ela regressa a Paris. C’est ça.

 

A história de Bellina também tinha tudo para ser interessantíssima, mas, mais uma vez, só que não. Há um momento em que achamos que a personagem se vai transformar, evoluindo, mas dá um passo atrás e tudo fica na mesma.

 

E quanto a Leonardo da Vinci… um verdadeiro desperdício de capítulos, pois o que a autora retrata não acrescenta em nada à história e podia até ser contado através de Bellina.

 

Os ingredientes estavam todos lá, mas a autora não os conseguiu cozinhar da forma adequada. É realmente uma pena, pois a história podia ser cativante e interessante, mas é apenas chata e aborrecida.

 

Outro pormenor em que considero que a Laura Moreli falhou redondamente foi no subtítulo: “todos escondemos algo”.

 

Ora bem, li o livro todo e não sei que segredos as personagens escondem ou se calhar esconderam-nos tão bem que nem dei por eles. E o título… também não se encaixa na história e não, não é uma questão da tradução para o português porque fui ver o título original.

 

Enfim, não recomendo a leitura.

 

✅ Os temas

❌ Tudo o resto

⭐ 2

 

Pág. 1/4