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Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Do pão e mel a 'O Livro de Pantagruel' e ao triunfo da Fruta Feia: eis a 'História Global da Alimentação Portuguesa'

Book Stories, 19.04.23

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Resultado de um extenso processo de investigação dirigido por José Eduardo Franco e coordenado por Isabel Drumond Braga, ‘História Global da Alimentação Portuguesa’ apresenta-nos uma visão geral de um tema fascinante, polimórfico e indissociável da nossa identidade, em 101 textos de 69 autores nacionais e estrangeiros de formação especializada, que percorrem temas tão diversos quanto os géneros, as técnicas, as influências ou as transformações que marcaram a história da alimentação no nosso país.​

Alimentação: direito humano, fonte de preconceitos, motivo de exclusão, fator de diferenciação, objeto de criatividade, arma política. Traçar o seu percurso, conhecer a sua história e escrever a sua cronologia é, inegavelmente, sinónimo de a reconhecer, entender e analisar como fenómeno global.

Focando-se preferencialmente numa ótica cultural e recorrendo a diversas fontes documentais, esta obra tem como pano de fundo os cruzamentos que ocorreram na alimentação portuguesa em diversas épocas e lugares desde a formação do país até à atualidade.

Das especiarias ao pão de queijo, do cacau ao bolo de mel da Madeira, do Café Nicola à Vista Alegre, d’O Livro de Pantagruel à Teleculinária, História Global da Alimentação Portuguesa debruça-se sobre um conjunto de temas, figuras e correntes, demonstrando a dinâmica de trocas e influências entre várias sociedades e culturas que as mais diversas matérias alimentares receberam, bem como as receções e transformações de pratos e correntes que, sem perderem a identidade inicial, se metamorfosearam originando novas combinações e novos sabores. 

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Conhecer, prevenir e vencer a depressão precisa-se!

Book Stories, 18.04.23

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De acordo com estudos recentes, as perturbações mentais são as doenças que mais incapacidade provocam. 'Conquiste o Seu Bem-Estar', o novo livro do psiquiatra e psicoterapeuta Diogo Telles Correia, surge como um guia prático para vencer a segunda doença que mais provoca a incapacidade: a depressão.

De muito fácil leitura, e baseado nas melhores práticas e evidência científica, este livro, que chegou às livrarias com a chancela da Bertrand, está construído com base num sistema de pergunta-resposta, com várias caixas de resumo da informação a reter, com múltiplas histórias de pacientes baseadas em casos reais e com exercícios práticos apoiados em literatura científica para ajudar a lutar contra a depressão.

"Sentimento de tristeza intensa, de incapacidade de sentir prazer nas atividades anteriormente prazerosas, falta de vontade e de energia, choro fácil, dificuldade em dormir, perda de apetite… Quando confrontados com esta constelação de sintomas, podemos estar perante uma depressão, ou a um passo de sermos atingidos por ela. Este livro destina-se aos que sentem que já estiveram próximos de entrar em depressão, aos amigos e familiares de pessoas que sofrem de depressão, mas também ao grande público, que gosta de saber em que consiste uma depressão e como tentar evitar que ela se aproxime"

'Ucrânia Insubmissa' reúne histórias e fotos da guerra

Book Stories, 17.04.23

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A refugiada ucraniana Daria Dimitriuk e a professora universitária Sandra Fernandes apresentam ‘Ucrânia Insubmissa’, dos jornalistas da RTP, Cândida Pinto e David Araújo, que reúne, em livro, as muitas histórias e fotos que juntaram nas reportagens que fizeram no país.

No dia 20 de abril, às 21h00, inaugura também na estação de Metro São Bento, no Porto, a exposição ‘24.02.2022, o Dia Mais Longo que Nunca Mais Acabou’, que mostra os rostos e as cidades ucranianas, fotografadas por David Araújo, ao longo de vários meses de trabalho na Ucrânia.

Episódios passados na ponte de Irpin, em Kharkiv, no Donbass ou em Kiev. Relatos que acompanham a vida de Ilya que foi soldado, os noivos Anastasia e Vaicheslav que casaram numa paragem da guerra, de Vova, de 12 anos, que sobreviveu para contar uma história em voz ténue, sem verter uma única lágrima.  

“Imprevisível. Foi esta a palavra tantas vezes ouvida no início da invasão russa da Ucrânia e pelo tempo fora. A princípio duvidava. Será que iriamos mesmo entrar numa guerra? Parecia-me impossível que, em 2022, não existissem vias de entendimento suficientes para evitar um conflito de grandes proporções no continente europeu. Estava enganada. A 24 de fevereiro de 2022 eu e o repórter de imagem David Araújo encontrávamo-nos na cidade de Kiev, alvo prioritário da invasão russa de larga escala. A nossa missão era clara: dar testemunho, apesar de todas as limitações, do que estava a acontecer. Passámos por dias de grande incerteza, silêncio, amargura, medo, exaustão. Às vezes pequenas surpresas, breves alegrias. E depois aquela súbita vertigem de um míssil a mudar o correr das vidas. E os exemplos de resistência e resiliência de um país a ser interrompido e invadido – porém, insubmisso”, escreve Cândida Pinto, na introdução.

 

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A 'Agente Sonya' foi a mais extraordinária espia da II Guerra Mundial e nunca foi apanhada!

Book Stories, 17.04.23

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Chegou esta semana às livrarias, pela Dom Quixote, o mais recente livro de Ben Macyintre que conta a história real da 'Agente Sonya', a mais extraordinária espia da II Guerra Mundial.

Através dos diários e de correspondência privada, o reputado historiador e jornalista britânico faz a biografia da única mulher que, durante décadas, sobreviveu e prosperou como espia num mundo de homens, mas que simultaneamente foi esposa, mãe de três filhos e coronel no exército vermelho.

Ursula Kuczynski (1907-2000), também conhecida como Ruth Werner, igualmente tratada por Agente Sonya, era especialista em comunicação por rádio, foi sabotadora, espiã de primeiro nível e escritora de grande sucesso na Grã-Bretanha no pós-guerra.

Por detrás da vida banal no campo inglês, recrutava físicos nucleares para construírem a bomba atómica para a União Soviética e dirigia algumas das operações de espionagem mais perigosas do século XX.

Perseguida por nazis, chineses, japoneses, o MI5, MI6 e o FBI, nunca foi apanhada.

A biografia do homem de mão de Salazar para a África Austral

Book Stories, 16.04.23

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'Jorge Jardim – Agente Secreto', de José Freire Antunes, chega às livrarias no próximo dia 25 de Abril com a chancela da Dom Quixote e conta o trajeto político e humano do homem de mão de Salazar para a África Austral, personagem enigmática e controversa das últimas décadas do regime do Estado novo e da Descolonização.

De sub-secretário de Estado de um governo de António de Oliveira Salazar, rapidamente se mudou para África e aliou a sua atividade empresarial à política e diplomacia... paralela.

Esteve em Angola no início de 1961, foi preso no ex-Zaire e saiu liberto escapando ao pelotão de fuzilamento porque... tinha muitos filhos.

Entrou na Índia disfarçado, para recolher informações e voltou após a queda de Goa para negociar a libertação do contingente militar aprisionado pelos indianos.

Em Moçambique, exerceu influência que ultrapassava as autoridades civis e militares e negociou com os governos moderados da Zâmbia e Malawi, enquanto montava uma rede de informações nos países vizinhos, com moçambicanos e desertores da própria FRELIMO.

A história de uma das figuras mais carismáticas e influentes da fase final do Império português.

Como o amor de um pai pode sufocar e provocar a raiva num filho

Book Stories, 15.04.23

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Tendo como pano de fundo a Guerra da Coreia, 'Indignação' conta a história da educação do jovem Marcus Messner, um jovem que enfrenta as circunstâncias assustadoras e as obstruções anómalas que a vida acarreta.

Na América de 1951, segundo ano da Guerra da Coreia, Marcus Messner, um jovem estudioso, disciplinado e intenso, nascido em Newark, Nova Jérsia, inicia o seu segundo ano de universidade no campus conservador e rural da Universidade de Winesburg, Ohio.

E porque é que ele está lá e não perto de casa, na Universidade de Newark, onde começou por se matricular? Porque o pai, um austero e trabalhador talhante de bairro, parece ter ficado louco - louco de medo e preocupação perante os perigos da vida adulta, os perigos do mundo, os perigos que vê em todos os cantos à espreita do seu filho querido.

Como a mãe sofredora e desesperadamente atormentada diz ao filho, o medo do pai é fruto do amor e do orgulho. Talvez seja, mas faz nascer uma tal raiva em Marcus que ele não suporta viver mais tempo com os pais. Vai-se embora de casa e, longe de Newark, na Universidade do Midwest, terá de encontrar o seu caminho no meio das tradições e restrições de uma América diferente.

Esta é uma história de inexperiência, loucura, resistência intelectual, descoberta sexual, coragem e erro contada com toda a energia criativa e todo o engenho de que Philp Roth é possuidor.

Simultaneamente, é um poderoso aditamento às investigações levadas a cabo pelo autor sobre o impacto da História da América na vida do indivíduo vulnerável.

Publicado pela primeira vez em 2009, esta é uma nova edição, agora de capa mole, de um romance entretanto adaptado ao cinema, em 2016, tal como aconteceu com outros livros do autor.

'Indignação' hoje chega às livrarias.

 

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Conhece José Cabral, o herói português na II Guerra Mundial?

Book Stories, 14.04.23

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A Oficina do Livro traz-nos 'O Piloto de Casablanca - José Cabral, um herói português na II Guerra Mundial”, de José António Barreiros.

Durante a II Guerra Mundial, quando voar era ainda uma aventura arriscada, a ligação aérea entre Lisboa, Tânger e Casablanca, celebrizada num dos mais emblemáticos filmes de Hollywood, era exclusivamente assegurada por Portugal, enquanto país neutro no conflito.

O piloto que fazia essa rota, por vezes em condições de grande perigo, chamava‑se José Cabral e era um comandante de marinha, corajoso e audaz.

Graças a esta figura notável da aviação naval, com contactos nos serviços secretos britânicos e norte‑americanos, refugiados de guerra salvaram-se da ameaça nazi e diplomatas e militares das forças Aliadas cumpriram missões na operação de desembarque no Norte de África, o princípio do fim do III Reich.

Cabral viria a ser galardoado com a mais alta distinção concedida pelos Estados Unidos a militares estrangeiros, mas cairia no esquecimento no país onde nasceu.

Resgatando a sua memória, José António Barreiros recorda a vida, a bravura e as missões deste herói português.

'Amigos até ao fim' faz o retrato da espionagem à moda antiga

Book Stories, 13.04.23

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No seguimento da guerra do Iraque, o inglês Edward 'Ted' Mundy, filho de um major na reserva do antigo exército indiano, escritor falhado e guia turístico na Baviera, vê reaparecer o seu passado.

E o passado chega-lhe na pessoa de Sacha, o militante da Alemanha de Leste que ele encontrara nos finais dos anos 60 numa Berlim entregue à agitação revolucionária, e que tornou depois a ver no espelho embaciado dos espiões da Guerra Fria, para a montagem de uma operação de agente duplo.

Mas os tempos mudaram e a amizade dos dois, renovada em nome de um idealismo tornado obsoleto, vai ser minada pelas cínicas manobras de uma América mais imperialista do que nunca.

Com 'Amigos até ao fim', que já está disponível nas livrarias nacionais, John le Carré fez o epitáfio da espionagem à moda antiga e dos valores ultrapassados que estruturavam o universo dos agentes secretos.

Depois do 11 de Setembro, as "causas justas" perderam o seu valor quando a América de Bush impôs a todo o mundo a marcha forçada da sua autoglorificação triunfalista e hegemónica.

Lançando um olhar cruelmente céptico sobre as manobras maquiavélicas de uma América envolta na sua boa consciência, le Carré denuncia também a cega mesquinhez do homem e a sua mensagem desesperada perseguirá o leitor durante muito tempo após a leitura da última linha.

 

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Este é o Melhor Livro do Ano para a New Yorker (e deixa um apelo)

Book Stories, 12.04.23

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Por que razão procuramos o mar nas férias? Ou caminhamos nos bosques nos fins de semana? Pela mesma razão que os nossos antepassados o faziam: pela «vida una» que partilhamos com a natureza.

Lamentavelmente, a reverência pelo mundo natural é cada vez mais periférica, e essa alienação pode custar--nos não só a nossa saúde como a do próprio planeta.

Cerca de 900 a 200 Antes da Era Comum, emergiram, em quatro regiões do mundo, as grandes tradições religiosas e filosóficas que nutriram a humanidade: confucionismo, daoismo, hinduísmo, budismo, monoteísmo e racionalismo.

Apesar das suas diferenças, todas partilhavam um carácter comum: a compreensão semelhante da relação da humanidade com o mundo natural.

Contudo, essa relação alterou-se com o tempo e o elo entre a natureza e o divino perdeu-se gradualmente, o que produziu toda a espécie de danos.

As alterações climáticas, entre outras profundas transformações, são agora uma temível realidade, e o desastre só pode ser evitado se mudarmos não apenas o nosso estilo de vida, mas todo o nosso sistema de crenças.

Em 'Natureza Sagrada', Karen Armstrong, uma das mais originais pensadoras do papel da religião no
mundo moderno, investiga o poder espiritual da mundo natural e apela à recuperação dessa sacralidade para evitar um desastre ambiental eminente.

Um texto belo e comovente que chegou às livrarias com a chancela da Temas e Debates. 

Vencedora do TED Prize e com obra traduzida em 45 línguas, Karen Armstrong propõe, neste ensaio rico e subtil a recuperação de um alinhamento emocional com o mundo natural e de uma ligação tão saudável quanto restauradora.

'A Terceira Índia' é a prova de como a vida dá voltas que nos podem surpreender (e ajudar a encontrar o nosso caminho)

Book Stories, 11.04.23

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A Terceira Índia’ é aquilo a que chamo uma boa surpresa. Não tinha grandes expetativas e só o comprei porque estava na moda e via toda a gente a partilhar o livro e a dizer maravilhas. Imbuída de curiosidade avancei com a compra e posso dizer, com segurança, que não me arrependi em absolutamente nada.

Eu não tenho por hábito procurar informações sobre as histórias dos livros porque tira a magia da surpresa que é virar cada página, terminar cada capítulo e, portanto, quando iniciei a leitura estava totalmente às escuras sobre a história. Sabia apenas que se desenrolava em dois países e que a Sofia tinha dificuldade em engravidar.

Por isso, partindo com tão pouca informação fui completamente assoberbada por uma história envolvente que na verdade pode acontecer a qualquer uma de nós e a qualquer casal.

Mas comecemos pelo princípio. Os primeiros capítulos são a apresentação da história de amor da Sofia e do Ricardo. Ela é liberdade, simplicidade, sonhos. Ele é conservador (é o típico agrobeto do Ribatejo cujos pais endinheirados acham que mandam e desmandam em tudo), é católico e até mandão!

Os dois conheceram-se ainda adolescentes numas férias de verão e a paixão assolapada levou-os ao casamento. Os primeiros anos são relativamente tranquilos, mas é quando decidem ter filhos que os problemas começam a surgir e de tal forma que Ricardo acaba por trair Sofia e os dois separam-se.

Sentindo-se perdida, surge uma oportunidade e Sofia vai dar aulas para Moçambique para um ambiente que é completamente o oposto ao que ela estava habituada.

A forma como a autora descreve Moçambique, a falta de condições básicas de habitação e higiene, a pobreza com que se vive na antiga colónia portuguesa é tão envolvente que parece mesmo que estamos lá a sentir a terra debaixo dos pés, a sentir o calor, a viver as dificuldades.

É em Moçambique que a personagem Sofia sofre uma importante mutação. Confesso que não me apaixonei pela personagem à primeira, parecia super banal, mas as experiências moçambicanas transformaram-na numa mulher nova, revigorada e com uma força interior que ela (e muito menos o leitor) não conhecia!

Sofia cruza-se então Alex, um homem que é o total oposto de Ricardo e que de uma forma diferente e profunda a atrai ao ponto de Sofia arriscar a própria vida!

E acreditem: quem conhece a Sofia dos primeiros capítulos jamais pensaria que ela seria capaz de uma atitude deste género!

O livro é tão, mas tão, envolvente nos capítulos finais que eu simplesmente não conseguia parar de ler e eu adoro quando um livro tem a capacidade me retirar as minhas sagradas horas de sono!

Por tudo isto, a autora está de parabéns pela história que conseguiu criar, especialmente porque é a estreia literária de Isis Bravo que é médica ginecologista e ainda assim teve a capacidade de deixar ‘A Terceira Índia’ num ponto em que mereceu uma continuação com ‘A Nova Índia’ e que mal posso esperar para ler.

 

✅ A transformação de Sofia e a forma como a autora o conseguiu fazer de forma tão delicada e ao mesmo tempo robusta

❌ Não tenho nada a apontar

⭐ 4

 

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