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Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

O Afonso Catalão (e o Nuno Nepomuceno) nunca desilude! Mais uma grande história

Book Stories, 16.02.23

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Descobri o Nuno Nepomuceno durante o confinamento a que fomos obrigados na sequência da pandemia por covid-19. Vi uma promoção e comprei três livros da série Professor Catalão – ‘Pecados Santos’ (review), ‘A Última Ceia’ (review) e ‘A Morte do Papa’ (review).

Já estava a ler ‘A Última Ceia’ quando descobri que, afinal, a saga começava com ‘A Célula Adormecida’!!!

Bom, li os três livros e só depois adquiri o primeiro da série. É sempre melhor ler os livros por ordem, mas não o ter feito neste caso não afetou de forma nenhuma a minha compreensão da série e do professor.

O livro ‘A Célula Adormecida’ é muito parecido com o ‘Pecados Santos’ e, por isso, é dos meus preferidos do autor.

A trama está muito bem articulada, capaz de nos deixar agarrados ao livro, mas o que mais gostei foi o tema: o terrorismo do Estado Islâmico.

Trata-se de um tema muito atual e, no entanto, foi a primeira vez que li um livro que abordasse a questão de uma forma ficcionada (se calhar eu é que andei distraída e mais autores o fizeram). A questão dos migrantes também é um dos temas centrais, mas faltou-me o outro lado da questão: e as pessoas que não vêm por bem? E as pessoas que se infiltram entre os pobres desesperados apenas para chegar à Europa e destilar ódio e ceifar vidas?

Ainda assim, a história é muito boa e a escrita também muito simples. Aliás, o que me tornou fã do autor é a forma simples como ele consegue explicar assuntos tão difíceis e delicados como o islamismo (neste livro) e o judaísmo (‘Pecados Santos’).

Nuno Nepomuceno tem esta capacidade de absorver informação e vertê-la nas suas páginas de uma forma simples, fácil e direta, capaz de ser entendida por toda e qualquer pessoa. A isto soma-se ainda a extraordinária capacidade imaginativa de construção de uma história em que os percursos de várias personagens se cruzam sem nunca se atropelarem o que, naturalmente, acaba por surpreender o leitor pela positiva.

Este autor português contemporâneo é, certamente, um dos meus preferidos!

 

📖

a ‘aula’ de islamismo que nos é dada,  a trama que é construída com várias personagens sem atropelos

a não exploração de todos as dimensões das migrações no Mediterrâneo

⭐ 4

 

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As 'Dádivas Preciosas' que podem mudar a vida de quatro mulheres

Book Stories, 15.02.23

Chega amanhã às livrarias 'Dádivas Preciosas', de Danielle Steel, um romance afetuoso e encantador, que percorre cenários desde Nova Iorque a Los Angeles, Paris, Roma, Veneza até ao Sul de França.

Narrado com a sensibilidade e a delicadeza que tanto caracterizam a escrita de Danielle Steel – a autora mais popular, a favorita, em todo no mundo –, este é um romance que apela às emoções: desde as mais profundas e comoventes, às de pura felicidade e... surpresa.

 

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Este livro inspirador sobre aquilo que nós deixámos àqueles que amamos conta a história de  Véronique, uma mãe que se dedicou por inteiro às suas três filhas, antes e desde o divórcio.

Contudo, num segundo o seu mundo fica de pernas para o ar. O seu ex-marido morre subitamente, deixando-lhe a ela e às filhas uma herança surpreendente em testamento e indicações precisas: uma pintura de proveniência misteriosa, um palacete no sul de França, a liberdade para perseguirem tudo o que desejam… e uma chocante revelação do passado.

Paul, bon vivant, foi um pai ausente. Mas o seu último desejo é que cada uma das filhas realize os seus sonhos e vença os seus medos. Estas dádivas preciosas levá-las-ão numa viagem que mudará para sempre os destinos destas quatro mulheres.

 

Três histórias de amor para ler no Dia dos Namorados

Book Stories, 14.02.23

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Porque hoje é o Dia dos Namorados deixo-vos três histórias de amor que li e que gostei e me fizeram pensar que o amor assume muitas formas, mas não deixa de ser amor 

📖 'Já não se escrevem cartas de amor' - Um livro delicioso sobre uma história de amor que começou na Lisboa dos anos 50 e durou uma vida. Passei o livro todo a tentar descobrir quem era afinal ‘A’ mulher e quando soube - nas últimas duas linhas do livro - as lágrimas nublaram-me a visão.

📖 ‘Tudo o que sempre quis' - Este livro foi uma boa surpresa, pois achei que seria apenas mais uma história de amor que tem tudo para correr mal e depois acaba por correr bem. Além de ser isto tudo é também uma história bem construída por uma jovem autora que, acredito, terá sucesso no futuro.

📖 ‘A certeza do acaso' - Ler a história da Maria da Luz, uma mulher de 50 anos que casou com o homem errado, ficou viúva com dois filhos por criar e foi amante de um homem casado durante seis anos é de tirar o fôlego. Quando terminei o livro e absorvi toda a história desta mulher perfeitamente comum percebi que por mais que se possa recear o futuro não podemos perder a esperança no mesmo.

Já leram algum destes livros? Ficaram com vontade de ler algum?

Em www.bertrand.pt

Vai querer ler 'Os Segredos do Palácio: A vida privada da Casa de Windsor'

Book Stories, 13.02.23

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"Nunca mais" tornou-se o lema da rainha Isabel II a seguir à morte trágica de Diana.

Nunca mais poderia existir "outra Diana" – um membro real cuja popularidade ofuscasse ou representasse uma ameaça para a monarquia britânica.

Em 'Os Segredos do Palácio', Tina Brown releva como a família real se reinventou depois dos anos traumáticos em que a enorme fama da 'princesa do povo' irrompeu como um cometa pela Casa de Windsor.

Com um acesso privilegiado a fontes próximas da realeza e recheado de informações explosivas, a premiada jornalista conduz o leitor para o interior do Palácio de Buckingham revelando os escândalos, as aventuras amorosas, os jogos de poder e as traições que têm pautado a monarquia britânica nos últimos vinte e cinco anos.

Apesar de todos os esforços envidados pela monarquia, o tal "nunca mais" parece não chegar…

Em www.bertrand.pt

No 'Processo Violeta' fala-se de amor e das portuguesas dos anos 80

Book Stories, 08.02.23

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A história do livro ‘O Processo Violeta’ passa-se essencialmente nos anos 80, embora haja recuos ao passado e, no final, um vislumbre do futuro.

Inês Pedrosa retrata, a meu ver, muito bem a sociedade portuguesa da época. “Treze anos depois da Revolução dos Cravos, Portugal permanecia um país familiar e ecológico, onde veias, artérias e árvores genealógicas substituíam os currículos”.

Esta frase resume muito bem a sociedade portuguesa daquela época e, infelizmente, dos dias atuais – embora um pouco menos.

O Portugal dos anos 80 era um país ainda cheio de vícios do Antigo Regime, mas repleto de esperança na Europa e na entrada de Portugal na Comunidade Económica Europeia (atual União Europeia). Todos estavam com os olhos postos no futuro ao mesmo tempo que se tentavam afastar teoricamente do passado, pese embora os hábitos e costumes cá continuassem.

 

As personagens

O delicioso deste livro é que as personagens principais são mulheres: todas diferentes, cada uma com os seus problemas e dificuldades, mas, também, todas elas com algo em comum: a forma como a sociedade as trata.

Paulina, cabo-verdiana, é a mãe do Ildo. Envolveu-se com um jovem toureiro de boas famílias de quem engravidou. O pai aperfilhou a criança, mas nunca a quis conhecer, dando uma pequena mesada à mãe para ajudar nas despesas.

Violeta, que dá o nome ao livro, é uma professora que, à vista desarmada, é uma mulher bem-sucedida com um casamento feliz. Violeta apaixona-se pelo seu aluno Ildo, de 14 anos, de quem engravida. Imaginem o escândalo na sociedade portuguesa do fim dos anos 80.

Ana Lúcia, colega de Violeta, é violada e recusa-se a contar o que aconteceu à polícia com medo de represálias por parte do violador, mas, sobretudo, porque ela sabe que a sociedade lhe iria apontar o dedo, garantindo ter sido ela a provocar o abusador que era… seu aluno. Ana Lúcia fecha-se em casa, mas pior, fecha-se em si mesma, temendo dormir porque o pesadelo era sempre o mesmo: ele, em cima dela, com uma faca apontada aos olhos: “mato-te”.

Temos ainda a Clarisse que, no meu entender, é o elo entre estas três mulheres. Não por as conhecer a todas, embora a determinado momento se cruze com elas pois é jornalista e tem de escrever sobre o romance entre Violeta e o aluno (Ildo), mas porque é a única que consegue olhar para esta história e ver tudo com outros olhos.

E que olhos são esses? Os olhos do amor. Onde todos veem abuso por parte de Violeta, ela vê amor; onde todos veem um jovem Ildo indefeso e ingénuo, ela vê um miúdo consciente do que quer; onde todos veem uma história para explorar e vender jornais, ela vê uma história privada que é mais do que todos querem fazer crer.

A própria Clarisse vive escrava do que a sociedade espera da mulher nos anos 80: está grávida, o que a prende a um segundo casamento que não a satisfaz, sentindo que cada vez mais é uma grávida e não uma mulher.

Todas estas personagens personificam, de alguma forma, os medos e as obrigações das mulheres no geral.

Não vou falar das personagens masculinas - Ildo e Nuno Pinto Delgado - não por ser feminista, mas por crer que a mensagem do livro está muito acima daquilo que eles representam, embora sejam (muito) importantes para toda a trama.

 

Conclusão

É uma história cativante à medida que as páginas avançam. O início parece um pouco desinteressante, pois parece que o livro vai apenas contar a história de um romance proibido. Mas à medida que vamos lendo, percebemos que ‘O Processo Violeta’ é muito mais do que isso, sendo, sobretudo, uma história de amor: amor de uma mãe para com um filho, amor entre uma jovem negra e um jovem branco e rico, amor entre uma mulher e um miúdo, amor entre um miúdo e uma mulher.

Tenho só apontar como menos bom um ou outro capítulo em que a autora fugiu à narrativa para contar histórias de amor carnais e maternais de outros tempos, o que me fez saltar algumas páginas.

 

📖

o retrato da sociedade portuguesa dos anos 80, o explorar dos sentimentos das mulheres perante aquela sociedade e a importância dada ao amor genuíno

capítulos sobre históricas histórias de amor que travavam a narrativa e não acrescentavam nada

⭐ 3,5

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Porque todos temos uma história para contar, não é?

Book Stories, 07.02.23

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'A Guardiã de Histórias' é o romance de estreia de Sally Page e conta a história de Janice que, sem se esforçar para isso, conhece a vida de todos os que habitam nas casas em que trabalha, e com o tempo aprende a gostar dessas histórias e da humanidade escondida em cada uma.

Mas será que alguém está interessado na história da sua empregada de limpeza?

Entre histórias extraordinárias e outras simplesmente banais, existe uma de que Janice não se orgulha e até procura esconder: a própria. Mas a Sra. B, talvez a sua cliente mais astuta, consegue perceber que a Janice tem mais camadas do que aparenta, e esta faz o que pode para que nada se descubra.

Numa estratégia inteligente, ao estilo Scherazade, a Sra. B avança com a sua própria narrativa, tentando puxar pelo fio da vida da sua pacata empregada de limpeza. Pelo caminho, não só as duas se tornam grandes confidentes, como grandes verdades se veem reveladas.

'A Guardiã de Histórias' é um livro sobre a natureza humana e as suas falhas e inconsistências. Nela, os leitores poderão encontrar personagens narcisistas, egoístas, mas também bondosas e genuínas.

Narrado na terceira pessoa, sempre na perspetiva da protagonista, este romance condensa várias histórias dentro de uma e tem a capacidade de provar que todos têm a sua, mesmo que não sejam capazes de a contar ou a queiram manter em segredo.

'A Guardiã de Histórias' chega às livrarias já depois de amanhã, dia 9 de fevereiro!

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Haverá, sob sete palmos de terra, esperança num "felizes para sempre"?

Book Stories, 06.02.23

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Florence Day é a escritora-fantasma de uma das mais amadas autoras de romances cor-de-rosa, e tem um problema – após uma separação dolorosa, deixou de acreditar no amor.

Quando o seu novo editor, um homem organizado e meticuloso (e demasiado bonito para ser verdadeiro), se recusa a adiar novamente o prazo de entrega do próximo livro, Florence prepara-se para dizer adeus à carreira. Mas é então que recebe uma terrível notícia e tem de fazer algo que anda a evitar há uma década: regressar a casa para o funeral do pai.

Não é que Florence não queira rever a família, que adora – é que voltar a Mairmont significa ter de lidar com fantasmas. Literalmente.

Mortinha por voltar o mais depressa possível para Nova Iorque, Florence vê de novo os seus planos descarrilar, quando, à porta da funerária da família, encontra, em vez do fantasma do pai, o espetro do seu editor.

Tão irritantemente bonito como sempre… e claramente morto. Entre cumprir as últimas (e peculiares) vontades do pai e ajudar o editor a pôr em ordem os seus assuntos inacabados, Florence começa a reencontrar não só o prazer da escrita como a alegria de viver, ao ponto de começar a questionar tudo o que sabe sobre histórias de amor.

Mesmo sob sete palmos de terra, haverá ainda esperança num "felizes para sempre"? Será que, afinal, o amor não morreu?

'O Amor Não Morreu', de Ashley Poston, já se encontra em pré-venda e chega às livrarias a 9 de fevereiro.

Em www.bertrand.pt

Um dos thrillers mais aguardados do ano, finalmente em Portugal

Book Stories, 03.02.23

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Ela pensava que as mortes tinham acabado. 

Estava errada… Há sombras que nunca desaparecem...

A Bertrand Editora publica 'Uma Luz no Escuro', de Stacy Willingham, a grande revelação do thriller psicológico que já está à venda nas livrarias nacionais. 

Surpreendente e desconcertante, na senda de Gillian Flynn, a obra foi finalista dos prémios de melhor thriller e de melhor romance de estreia do ano pelos leitores do Goodreads, com uma receção igualmente efusiva por parte da crítica especializada. Teve entrada imediata para o top de
bestsellers do New York Times e permanece um sucesso de vendas agora internacional, além de ter já uma adaptação para série televisiva em desenvolvimento pela atriz Emma Stone em parceria com a HBO Max.

Magistralmente escrito e com uma sensibilidade fora do vulgar, atmosférico e sedutor, 'Uma Luz no Escuro' é um livro que promete deixar os leitores acordados noite adentro com a história de Chloe Davis que tinha apenas doze anos quando seis raparigas desapareceram em Breaux Bridge, a sua pequena cidade no Louisiana.

No fim desse verão, aquele que confessou ser o autor das mortes é preso e condenado a prisão perpétua, enquanto os restantes membros da sua família têm de enfrentar a verdade daqueles crimes e lidar com consequências que os vão consumindo lentamente.

O assassino não é outro senão o próprio pai de Chloe, e foi ela quem descobriu as provas que o incriminaram.

Vinte anos mais tarde, Chloe é uma psicóloga bem-sucedida em Baton Rouge e planeia casar. Como se fosse uma outra vida, começa, por fim, a desfrutar da felicidade que tanto lhe custou alcançar, mesmo que por vezes se sinta tão sem controlo como alguns dos adolescentes seus pacientes. E quando uma rapariga de quinze anos desaparece em circunstâncias idênticas, e depois outra, a memória daquele verão regressa mais ameaçadora do que nunca.

Será que Chloe vê semelhanças onde elas não existem? Ou será que, pela segunda vez na sua vida, Chloe irá desmascarar um assassino?

 

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Raul, 'Foi (mesmo) Sem Querer Que Te Quis'

Book Stories, 01.02.23

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‘Foi Sem Querer Que Te Quis é o romance de estreia de Raul Minh’Alma e foi publicado em 2018 pela editora Manuscrito.

 

Sinopse

Quando menos esperamos a vida traz-nos aquilo que tentamos rejeitar. Como era possível Beatriz ter-se apaixonado, sem querer, por Leonardo? A primeira impressão que teve dele foi a pior possível. Era um jovem rico, mal-educado e mimado. Tudo o que mais desprezava em alguém. No entanto, o avô de Leonardo, um homem sábio e profundo conhecedor da vida, viria a aproximá-los.

Ao perceber a necessidade de Beatriz em reencontrar o caminho da felicidade depois de várias desilusões amorosas, ele promete dar-lhe a receita para ser feliz no amor. Um segredo escrito e guardado num envelope que ela só poderia abrir depois de cumprida uma tarefa: ajudar Leonardo a fazer as pazes com o seu passado e a tornar-se uma pessoa melhor. O que Beatriz não sabia é que esta missão iria transformar a sua própria vida para sempre.

 

História

Quando comecei a ler já esperava aquele romance fácil com alguns clichés típicos do género.

E não me enganei muito. Logo no arranque da história temos o fim do relacionamento da Beatriz com o namorado e temos logo o primeiro cliché que, confesso, achei básico demais: a Bia estava destroçada como a lata de coca-cola que ela via no chão totalmente desfeita.

Até revirei os olhos!

Mas não desisti. Ficamos então a saber que a Beatriz é aquele amor de pessoa que está sempre disposta a ajudar todos e que é terapeuta ocupacional, trabalhando com idosos institucionalizados.

É assim que conhece o senhor Nicolau que lhe dá uma missão quase impossível: ajudar o seu neto a transformar-se num homem a sério, de bom coração e boa índole. Em troca, Bia iria receber a receita – porque o senhor Nicolau era o dono de uma fábrica de chocolates – para ser feliz no amor, pois já acumulava umas quantas desilusões amorosas.

O neto problemático, claro está, era um jovem bem-parecido, com o corpinho bem definido, arrogante e desprezível.

Bom, feitas as apresentações fiquei logo a imaginar o que iria acontecer e, tendo em conta o título do livro, não foi difícil acertar.

Mas, e é aqui que eu tiro o chapéu ao Raul, pois ele teve a capacidade de nos levar por um caminho seguro e tranquilo para, nas últimas páginas, nos atirar do precipício.

Sim. Quando o livro termina caímos com estrondo, mas, no que a mim me diz respeito, ficamos fãs! E levantamo-nos com vontade de ler o próximo livro do autor - foi o que fiz!

 

Personagens

A Beatriz é uma jovem mulher de 27 anos que trabalha num lar de idosos como terapeuta ocupacional. É uma pessoa bondosa, com um coração extremamente grande e uma visão do mundo muito otimista. Tem sempre uma palavra de conforto e uma explicação benevolente para as piores coisas que acontecem. Não vejo um grande crescimento desta personagem ao longo da história, só mesmo no final com tudo o que acontece e com o cumprir da sua missão até ao fim.

Leonardo é o jovem rico, bonito e com um falso ego gigante. Sim, o mauzão é afinal um menino carente com muitos problemas internos para resolver consigo e com o pai. A sua doença também o atormenta. Ou seja, misturando tudo, o Leo está partido em cacos e precisa que alguém lhe mostre como os colar.

O senhor Nicolau, o avô do Leonardo, é aquele idoso que todos gostamos de imaginar: doce, carinhoso e com uma dose de sabedoria extraordinária, bem como de paciência.

A dona Lurdes, a mãe do Leonardo, guarda segredo do seu amor, pois sabe que o filho jamais aceitaria a sua relação.

 

Opinião

Apesar de eu continuar a descrever este livro como aquele romance fácil e cliché, a verdade é que a mensagem que é transmitida é importante.

A história da Beatriz e do Leonardo mostra-nos como o caminho para se ser feliz está repleto de vicissitudes que obrigam a uma enorme resiliência por parte de cada um de nós.

Também nos mostra como a vida é curta para não a vivermos a 100%. Não importa o que os outros pensam (eu sei, na teoria é muito fácil), o que realmente importa é aquilo que sentimos e como nos sentimos na nossa vida, com as nossas ações e com as pessoas que nos rodeiam.

E afinal há mesmo uma receita para se ser feliz (o senhor Nicolau tinha mesmo razão)!!!

O Raul tem uma escrita muito simples e fácil, mas alguma dificuldade em deixar certas muletas literárias, o que, no fundo, se prende com o receio de complicar a leitura para o seu público-alvo. 

Sobre o final, que foi o que me conquistou, há que dar os parabéns ao autor por ter tido a capacidade de nos fazer ler algo de uma forma que não correspondia, de todo, à verdade - brilhante!

 

📖

A mensagem por detrás do romance e o final totalmente inesperado

 Os clichés (o da coca-cola é mesmo muito mau) e as descrições fáceis

⭐ 4

 

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