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Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Book Stories 2.0

Porque todos os livros contam uma história

Isabel Allende apresenta hoje 'Mulheres da minha Alma' num evento online. Vais faltar?

Book Stories, 18.11.20

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O Círculo de Leitores publica hoje 'Mulheres da minha alma', o novo livro de Isabel Allende, que discorre sobre o amor impaciente, a vida longa e as bruxas boas.

Um presente para todos os seus leitores, uma lição de vida e coragem. 'Mulheres da minha alma' percorre os labirintos da memória e oferece um emocionante testemunho sobre a relação da autora com o feminismo e a sua condição de mulher.

Temas como a violência contra as mulheres, o movimento #metoo, as revoltas sociais no Chile e a pandemia do novo coronavírus são incluídos neste exercício de memória que a transporta numa emocionante viagem desde a infância até aos dias de hoje, ao longo de uma intensa e interessante reflexão sobre as mulheres mais marcantes da sua vida.

Recorda essas figuras incontornáveis, como Panchita, Paula e a agente literária Carmen Balcells, cuja ausência chora ainda hoje; escritoras de nomeada, como Margaret Atwood; jovens artistas que trazem na pele a rebeldia das novas gerações; mulheres anónimas que sofrem na pele a violência de género e, com dignidade e coragem, se levantam e avançam. Todas elas a inspiram e a acompanham ao longo da vida: as mulheres da sua alma.

Tudo isto sem deixar de manifestar a sua inconfundível paixão pela vida e de insistir que, independentemente da idade, há sempre tempo para o amor. Neste livro, a autora chilena reclama a necessidade de viver a idade madura e de a gozar com plena intensidade, afirmando que "cada ano vivido e cada ruga contam a minha história".

A autora apresenta, hoje às 21:00, esta obra num evento online disponível a partir das redes sociais da Porto Editora.

 

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Ficar preso aos clássicos ou sair da caixa com desconhecidos?

Book Stories, 17.11.20

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📸 Melk Hagelslag por Pixabay 

            

Eu não tenho predileção por nenhum em específico. Não leio apenas autores conhecidos, nem tão-pouco me fico pelos desconhecidos.

Não concordo quando dizem que só os clássicos é que vale a pena ler.

É óbvio que ler os autores mais antigos é sempre uma mais-valia. Primeiro, porque o seu contributo para a literatura é reconhecido e, depois, porque em muitas das obras ditas clássicas é-nos dada uma visão muito particular de outras épocas históricas, visões realistas de quem viveu determinada fase temporal.

No entanto, se só formos ler os antigos, o que acontece à nova geração de escritores? Convém não esquecer que a larga maioria dos chamados autores clássicos não chegaram sequer a ver a sua obra reconhecida, pois tal só aconteceu após a sua morte.

Ultimamente tenho lido bastantes novos autores, que vou intervalando com um ou outro clássico. E alguns destes autores eu só fiquei a conhecer devido ao Bookstagram, pois as editoras não lhes dão oportunidade para chegarem ao grande público.

Estes, que investem o seu tempo e o seu dinheiro em criar uma obra e em conseguir transformá-la em livro, apenas dependem da sua resiliência para concretizarem o seu sonho - e do seu dinheiro!

Naturalmente que nem todos, por muito que gostem de escrever e inventar histórias, têm capacidade para tornar um livro interessante. Contudo, um dos que li muito recentemente – ‘Tudo o que sempre quis’ – não é muito diferente do que vemos nas páginas de um Raul Minh’Alma, por exemplo.

Quase aposto que se tivesse uma grande editora a trabalhar a máquina da propaganda literária que, certamente, seria um sucesso de vendas.

Qual é então a moral da história?

Devemos ler tudo o que quisermos. Não nos devemos sentir obrigados a ler determinado autor só porque a sociedade diz que assim deve ser. Nem tão pouco devemos sentir-nos envergonhados por afirmar em público que lemos determinado tipo de história ou autor.

Ao mesmo tempo temos - vamos chamar-lhe a obrigação moral, uma vez que somos bookstagrammers - de dar a oportunidade aos novos autores e não ficarmos fechados num baú de livros que já todos leram e todos acham que são brilhantes. Aliás, não é porque um livro é considerado uma grande obra da literatura que é 100% certo que eu vá gostar dela!

Novamente: o importante é ler; ler clássicos; ler modernos; ler poesia; ler ficção; ler não-ficção; ler tudo.

O importante é cultivarmos a nossa mente e, em alguns casos, o nosso coração!

 

 

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Quem nunca quis dizer sou 'Tua Até Amanhecer'?

Book Stories, 16.11.20

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Alguns segredos…
E alguns prazeres…
Exploram-se melhor no escuro.

Quando Samantha Wickersham chega à propriedade de Fairchild Park decidida a oferecer os seus serviços como enfermeira de Gabriel Fairchild, o conde de Sheffield, ninguém acredita que ela vá aguentar mais do que um dia.

A sua tarefa é hercúlea: Gabriel, antes um jovem e atraente oficial da Marinha venerado por todas as mulheres da alta sociedade londrina, é agora um homem destroçado. Fragmentos de uma bomba deixaram-no cego na batalha de Trafalgar, e desde então isolou-se de um mundo que não é capaz de lhe oferecer mais do que uma dolorosa compaixão.

Samantha está determinada a cumprir o seu dever, mas Gabriel revela-se um homem arrogante, intransigente e mal-humorado. Porém, por detrás da capa sob a qual ele se esconde, Samantha consegue ver o homem sedutor e sentimental que ainda vive dentro dele; um homem que não precisa de visão para deixar uma mulher perdidamente apaixonada.

Trava-se um duelo de vontades quando Samantha tenta fazer com que o seu paciente recupere o orgulho e a alegria de viver. Mas ninguém suspeita de que ela guarda o seu próprio segredo. Um segredo mais sombrio e profundo do que a escuridão em que vive Gabriel.

'Tua Até ao Amanhecer', da autora best-seller Teresa Medeiros, chega hoje às livrarias!

Um historiador, um cardeal e até anjos há nas novidades de hoje

Book Stories, 13.11.20

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O cardeal José Tolentino Mendonça, que venceu a edição deste ano do Prémio Europeu Helena Vaz da Silva para a Divulgação do Património 

image (1).jpgCultural, lança hoje, pela Quetzal, um novo livro: 'Rezar de Olhos Abertos'.

Num tempo de solidão e de tempestade nas nossas vidas, esta obra reúne um conjunto de orações para serem lidas e escutadas por cada um de nós que procuramos um caminho.

Há pessoas que rezam baixando os olhos, escondendo nas mãos o rosto, voltando-se para dentro. Há outras, porém, que abrem esforçadamente os olhos ao rezar, numa tentativa de observar a vida no seu espanto. Quer umas, quer outras – estão certas.

Todas as formas de rezar são insuficientes, mas todas são eficazes. A arte de rezar é a arte de ser, apenas isso, porque o que conta verdadeiramente não depende das palavras.

Esta obra foi pensada não como um livro sobre a oração, mas como um caderno de práticas da oração, reunindo um conjunto de textos que José Tolentino Mendonça escreveu ao longo do tempo, muitos deles no contexto da atividade pastoral, para serem utilizados por comunidades ou, simplesmente, para serem lidos e escutados em silêncio. De olhos abertos, enfrentando a solidão e a tempestade.

José Tolentino Mendonça é uma das personalidades mais populares e com mais aceitação em todos os sectores da vida portuguesa, e a atribuição do importante e prestigiado Prémio Europeu Helena Vaz da Silva atesta isso mesmo. Os membros do júri declararam ter ficado "impressionados com a capacidade que Tolentino Mendonça demonstra ao divulgar a Beleza e a Poesia como parte do património cultural intangível da Europa e do mundo".

 

"A minha visão da História humana, da História-vivida é contemplativa. Requer um olhar atento, global, pacífico, não interventivo. Um olhar que capta as relações do pequeno com o grande, do singular com o plural, do diferente com o semelhante, do mesmo com o contrário. Um olhar que coloca as coisas na sua ordem, que permite descobrir os géneros e as espécies, que classifica os conjuntos e lhes atribui qualidades. Um olhar que reconhece o movimento e as mutações, sem que a diferença de tempo altere a identidade. Um olhar que compreende os percursos e os destinos da
Humanidade, a atração e a repulsa, o amor e o ódio".

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'A História Contemplativa' é o novo livro de José Mattoso, que a Temas e Debates publica hoje. Esta obra possibilita um olhar pelo pensamento de um dos mais notáveis historiadores portugueses, que vê a História como "a base do conhecimento da condição humana" ou como uma "mestra da vida" que, ao invocar feitos do passado, nos orienta em resoluções do presente.

O livro reúne palestras, ensaios e artigos surgidos entre 1996 e 2013, que abordam temas tão diversos como as relações entre mouros e cristãos na Península Ibérica do século XI, as particularidades da religiosidade dos alentejanos, os contactos do Portugal recém-nascido com o mundo ou a importância dos lugares e monumentos portugueses classificados como património mundial pela Unesco.

"Por isso é que há uma História contemplativa. Uma visão do passado que engloba nele tudo o que foi: a grande onda do devir humano e do devir do Universo, e o lugar que, na onda do devir, ocupam a molécula e a galáxia, a origem e o destino, o belo e as trevas, o que se move e o que permanece".

Ao abrir o livro, encontramos um ensaio inédito, escrito expressamente para esta edição, que pode ser visto como uma súmula do pensamento de José Mattoso, uma figura maior da historiografia portuguesa, cujo olhar lúcido nos ajuda a compreender o nosso país e o mundo em que vivemos.

 

 

'Latim do Zero' (título completo, 'Latim do Zero a Vergílio em 50 Lições') começou por ser uma página da internet estreada no momento em que a

image (4).jpgpandemia fechou o país em 2020. Em tempo recorde, obteve milhares de seguidores. A sua transformação em livro visa agora proporcionar um ensino mais sistemático e mais aprofundado: começando do zero, vão sendo construídas as bases gramaticais necessárias à leitura do maior autor da língua latina, Vergílio.

A primeira parte do livro é constituída por 50 lições, em que ao ensino pragmático de questões linguísticas se juntam temas de cultura e literatura latinas. Privilegiando o uso de frases originais e de textos autênticos, este método constrói o edifício gramatical que permite, na sua segunda parte, o acesso direto à Eneida de Vergílio - em concreto, aos seus Cantos 1 e 4, estudados na sua forma original e num formato especialmente pensado para facilitar a sua compreensão. A última parte propõe a leitura integral do Livro 1 das Odes de Horácio, acompanhada de abundantes notas explicativas.

Este é um instrumento fundamental para levar leitoras e leitores de língua portuguesa a sentir o prazer inigualável de ler, no original, o melhor que existe na língua latina.

Passo a passo, do zero a Vergílio.

 

 

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O ano de 2020, momento em que a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima assinala trinta anos de existência, ficará para sempre na memória de todos e todas nós.

Foi o ano que relembrou, a quem eventualmente tivesse esquecido, a importância da arte e da transcendência não só na vida individual como na vida das sociedades.

A importância do trabalho dos/das artistas tornou-se mais evidente no quotidiano e na construção da sociedade que queremos.

Este livro comemorativo vai ao encontro disso mesmo, reunindo contos e ilustrações originais que têm como ponto de partida crimes que frequentemente chegam à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima pela voz das vítimas apoiadas.

Participam neste livro com os seus textos e ilustrações (a cores):
Julieta Monginho | Nádia Neves | Isabel Ventura | Tiago de Albuquerque | Mariana Alvim | Alex Gozblau | Carlos Pinto de Abreu | Xavier Almeida | Manuel António Ferreira Antunes | Mantraste | Edson Athayde | Cinara Saiónára | Raquel Ribeiro | Drika Prates | Luís Filipe Borges | Anabela Canas | Diogo Batáguas | André Letria | Lúcia Lourenço Gonçalves | Júlio Dolbeth | Nuno Jorge Amaral | Ana Beatriz Marques | Ana Paula Figueira | Tiago Dinis | Aline Frazão | Ana Biscaia | Filipa Leal | Clara Não | Inês Amado da Silva | Susa Monteiro

 

 

"O mundo natural está a desaparecer aos poucos. As provas estão por toda a parte. Aconteceu durante a minha vida. Eu vi com os meus próprios olhos. E irá levar à nossa destruição. Contudo, ainda há tempo para desligar o reator. Existe uma boa alternativa. Este livro é a história de como chegámos aqui, do nosso grande erro e de como, se agirmos já, podemos corrigi-lo".

Sir David Attenborough é, provavelmente, o naturalista mais reconhecido mundialmente, graças às mais de sete décadas como divulgador de ciência e da vida animal na televisão. Capa_Uma vida no nosso planeta.jpg

Ao longo dos seus 94 anos, foi testemunha do declínio em espiral da biodiversidade, consequência da sobre-exploração dos recursos naturais do nosso planeta.

O livro que a Temas e Debates publica hoje, 'Uma Vida no Nosso Planeta', é o seu testemunho, a sua memória de um mundo que já não existe, mas também a sua visão para o futuro, onde a Humanidade passará a ser a guardiã atenta da Terra e a extraordinária resiliência da natureza resgatará a sua biodiversidade.

'Uma Vida no Nosso Planeta' acompanha um documentário com o mesmo título que estreou na Netflix em outubro de 2020. É em parte um livro de memórias e em parte um alerta para o declínio dos lugares selvagens do nosso planeta e da sua biodiversidade.

Dividida em três partes, a obra apresenta uma análise daquilo que correu mal nos últimos 70 anos e segue para uma previsão do futuro apocalíptica, que pode bem acontecer se não alterarmos os nossos comportamentos.

A terceira parte do livro traz uma mensagem positiva, de esperança, que ajuda o leitor a perceber de que forma se pode reverter o declínio. Uma leitura fascinante, chocante e assustadora, mas ao mesmo tempo uma mensagem de esperança no futuro.

Sir David Attenborough consegue prender a atenção do leitor da primeira à última linha, transmitindo a sua mensagem de forma clara e de fácil compreensão.

 

Já lhe aconteceu ver, de relance, a mesma sequência de números repetidamente – num relógio digital, num número de porta ou na matrícula de um carro, por exemplo? Pode ser o seu anjo-da-guarda a tentar enviar-lhe uma mensagem.

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No seu novo livro, Kyle Gray – um dos médiuns e conferencistas inspiracionais de maior sucesso e renome no Reino Unido – explica como podemos encontrar tais mensagens, não só nos números que surgem à nossa volta mas também nos números das nossas vidas, como datas marcantes ou a transcrição de nomes. 

"Usando as informações reveladas neste livro, pode combinar os números angelicais com a numerologia para o ajudar a obter uma perspetiva mais espiritual no que diz respeito à vocação da sua alma e à forma como o desejam apoiar na jornada de vida. (…) Nesta época em que vivemos, a nossa compreensão do Cosmos e de como a Terra está a mover-se é calculada usando números, por isso não é de admirar que os anjos, os maiores mensageiros do Universo, estejam a usá-los para nos enviar mensagens dos céus".

Segundo o autor, há um ou mais anjos-da-guarda junto de nós a todo o instante, que nos enviam mensagens para nos guiar no nosso percurso, mas as quais nem sempre são recebidas por nós.

Algumas dessas mensagens chegam-nos através dos números – que, ao longo de milhares de anos foram considerados auspiciosos e uma maneira de entender o Universo. Se soubermos interpretar as mensagens numéricas dos anjos, podemos compreender a nossa vocação para um objetivo específico, as razões pelas quais certos traços de personalidade são mais fortes do que outros ou até que desafios teremos de enfrentar durante esta vida.

O livro 'Os Números dos Anjos', que chega hoje às livrarias nacionais, explica como receber e interpretar as mensagens que estes seres celestiais nos enviam através dos números.

 

 

Um caderno para ajudar (e inspirar) os pais a praticarem a parentalidade consciente

Book Stories, 12.11.20

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A Albatroz publica hoje o 'Caderno da Família Feliz', de Mikaela Övén. Depois do sucesso de 'Educar com Mindfulness' (que vai já na sua 9.ª edição), livro que revelou os benefícios do uso do mindfulness na educação e inspirou milhares de famílias a praticar a "parentalidade consciente", a autora sueca radicada em Portugal lança agora um guia prático, em formato de journal, para ajudar a criar encontros felizes. 

Dividido em 21 partes – 21 semanas, cada uma com foco em atitudes e ações como "igual valor", "mente de principiante" ou "não julgamento" – este caderno de exercícios apresenta um roteiro para o desenvolvimento de um relacionamento consciente e saudável em família, proporcionando uma maior ligação entre todos.

Não há receitas mágicas: para Mikaela Övén a solução está na relação e na criação de encontros que fazem crescer o amor entre a família, a autoestima e, também, o autoconhecimento. Os textos e as práticas que aqui apresenta estão pensados para serem explorados em conjunto, por pais e filhos.

O 'Caderno da Família Feliz' é um lugar seguro onde pais e filhos podem partilhar momentos, valores e emoções, aprofundando a conexão, o diálogo e a cumplicidade.

Ilustrado e fácil de usar, propõe atividades lúdicas e exercícios simples que ajudarão todos os membros da família a refletir sobre comportamentos, a manifestar gratidão, a construir resiliência e a aumentar a autoestima.

Tal como nas obras anteriores já publicadas pela Porto Editora – 'Educar com Mindfulness', 'Heartfulness, Viva a vida de coração aberto' e 'Educar com Mindfulness na Adolescência' – com este journal são disponibilizadas meditações guiadas pela autora.

Para aceder gratuitamente a estes conteúdos basta instalar a app Miafulness (disponível na App Store e Google Play) e depois apontar a câmara do dispositivo móvel para os momentos identificados no livro.

 

Conhecem 'Pedro Theotónio Pereira, o Outro Delfim de Salazar'?

Book Stories, 11.11.20

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A Dom Quixote acaba de editar a biografia 'Pedro Theotónio Pereira, o Outro Delfim de Salazar', do historiador Fernando Martins, sobre o político e diplomata do Estado Novo que a doença afastou do caminho de uma eventual sucessão do presidente do Conselho de Ministros.

A obra com mais de mil páginas permite conhecer o percurso deste homem e político que atingiu o estatuto de sucessor de Salazar, permitindo também perceber o salazarismo e o contexto internacional português em meados do século XX.

"Poucos meses depois do acidente que incapacitou Salazar, a irmã mais nova de Pedro Theotónio Pereira, Virgínia, visitou-o no Hospital da Cruz Vermelha. Muito fraco, mas 'perfeitamente lúcido' e 'errivelmente inquieto', a dada altura Salazar pegou com 'muita força em ambas as mãos' de Virgínia e `perguntou-lhe, angustiado, se era verdade que Pedro se encontrava doente... se não havia esperança que o Pedro pudesse...'Não pode contar com ele' foi a sentença proferida por Virgínia Theotónio Pereira.

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Na mesma altura, durante a crise política que se sucedeu à doença de Oliveira Salazar, o presidente da República, Américo Thomaz, que tinha a competência constitucional para escolher um substituto ou um sucessor para a chefia do Governo, não deixou de pensar, como testemunhou nas suas Memórias, que ‘muito possivelmente’ em Setembro de 1968, Theotónio Pereira era ‘a personalidade mais indicada para suceder ao doutor Salazar, se a sua saúde o tivesse permitido".

Pedro Theotónio Pereira (1902-1972) serviu o Estado (apenas com uma breve interrupção de alguns meses em 1950) desde que foi nomeado subsecretário de Estado das Corporações, em 1933, até 1963, quando deixou de ser embaixador em Washington, dias antes do atentado a John F. Kennedy, por estar cada vez debilitado com a doença de Parkinson que só lhe foi diagnosticada em 1968. Quando chegou, porém, à Subsecretaria de Estado das Corporações em abril de 1933, fazia política de forma ininterrupta desde o início da década de 1920.

Como diplomata, exerceu funções em postos‑chave como Londres, Madrid, Rio de Janeiro e Washington e, em momentos decisivos, da diplomacia portuguesa e da política internacional. Foi, também, entre 1939 e 1949, um dos poucos conselheiros de Salazar tanto para temas de política interna como de política internacional. Entre 1933 e 1937, na qualidade de subsecretário de Estado das Corporações e Previdência Social e, depois, como ministro do Comércio e Indústria, foi um dos mais jovens membros do Governo e um dos pais fundadores do regime, cabendo‑lhe um papel marcante na afirmação política e institucional do corporativismo.

 

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'Uma conversa sobre a vida do Zé' é uma crítica a rir à sociedade portuguesa

Book Stories, 10.11.20

Castanhos Quentes Citação Inspiradora Outono Pos

 

O livro 'Uma conversa sobre a vida do Zé' foi publicado em 2019 pelo próprio autor Bruno Neto através da Amazon Fulfillment.

 

Sinopse:

Uma década depois da tragédia ferroviária de 98, surge então novamente nos meios de comunicação social o lesado da situação para expor toda a veracidade do ocorrido no assalto à estação de Campanhã e de que maneira o processo fora tratado pela sociedade portuguesa.

 

* Não posso começar esta review sem referir a amabilidade do autor, Bruno Neto, que gentilmente me ofereceu um exemplar do seu livro e, por isso, lhe deixo aqui um muito obrigada pela disponibilidade e confiança na minha análise à obra e, ao mesmo tempo, os meus parabéns pela história desenvolvida.

 

Opinião:

O título despertou logo a minha curiosidade e as primeiras páginas mais ainda. O livro fala sobre um acidente ferroviário nos anos 90, em Portugal, que fez vítimas mortais e que ocorreu depois de um assalto à bilheteira da estação da Campanhã.

Até aqui a minha curiosidade está ‘au point’, como se costuma dizer. Mas confesso que a leitura me cansou. O Zé – que na verdade se chama Jaselino – é um homem rude que para dizer que almoçou um bitoque conta a história da vaca e de quantas toneladas de batatas se produzem em Portugal anualmente.

A personagem Jin Quon Young, o advogado que é comentador no programa televisivo, é desagradável com a sua forma de falar e os comentários despropositados que faz. Presumo que seja uma personagem-crítica do que vemos atualmente na televisão nacional nos programas da manhã, mas ainda assim é-lhe dado demasiado tempo de antena, até porque, não várias vezes se envolve em discussões com o Jaselino.

 

 

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As críticas à sociedade portuguesa

O Zé foi convidado para ir a um programa de TV contar a sua história, uma estação de televisão local que está prestes a ser encerrada, sendo esta entrevista – que na verdade são cinco dias de entrevista – uma ótima forma de criticar o que hoje em dia se passa com a comunicação social: programas desinteressantes, falta de dinheiro e, por isso, uma consequente escravatura dos seus profissionais.

Ponto para o autor por ter feito esta crítica que, em bom rigor, não foi a única.

Também a sociedade no geral é alvo da escrita afiada de Bruno Neto que, através do Zé, refere que “em Portugal resume-se tudo a duas coisas: “falta de eficiência e forrobodó”. E ainda há disparos na direção da justiça: “O que é que a justiça está a fazer quando precisamos dela? Burocracia em demasia e desorganizada, pouca cooperação entre os membros e lentos na execução dos planos”.

Há também a crítica à forma como está estruturado o mercado de trabalho: “O número de horas que dediquei ao trabalho para o tão pouco que recebi acho absurdo”. Se nos anos 90 era assim, a verdade é que agora as coisas não só não estão melhores, como pioraram, infelizmente.

Toda esta reflexão sobre Portugal é-nos dada pelo Zé, uma personagem caricata que, apesar da sua personalidade algo rude nos mostra também o seu lado mais humano e romântico. A sua paixão pela Cidália chega a ser enternecedora: um amor que foi interrompido por circunstâncias da vida, o que acabou por o levar até ao mundo das drogas. No entanto, o Zé conseguiu vencer a batalha da toxicodependência e a sua relação com Cidália acabou por ser reatada, tendo sido alvo de vários percalços.

O final

Sou obrigada a tirar o chapéu ao autor, porque o final é surpreendente. A reviravolta é inesperada e fez-me parar para me questionar: “o que é que se está aqui a passar?”.

O final é, sem dúvida, o melhor do livro. No entanto, podia ter sido mais bem trabalhado, pois foi muito rápido, deixando alguns pontos por explicar.

Sendo, na minha ótica, a parte mais interessante do livro, exigia uma maior atenção e explicação, especialmente tendo em conta o número de páginas que foi dedicado à vida do Zé que tornou a leitura cansativa e desinteressante (passei algumas páginas à frente). E este é o grande ponto negativo que atribuo a esta obra: a história é muito interessante e por vezes até divertida, mas os longos monólogos do Zé a contar detalhes da sua vida que para o desenrolar da ação não tinham importância e ainda as discussões com o advogado (algumas fizeram-me rir, confesso) serviram apenas para encher páginas e desmotivar um pouco a leitura.

Ainda sobre o final, fiquei com algumas questões por esclarecer, dúvidas que são fruto da forma abrupta como a história acaba.

Tenho ainda de apontar a existência de várias gralhas e alguns erros ortográficos, mas também compreendo que tal tenha acontecido porque o livro não foi publicado por nenhuma editora.

Mas no geral é uma comédia sarcástica agradável, divertida e que, realmente, só peca pelo excesso de páginas.

 

📖

☝️ Pontos Positivos: A reviravolta na história que nos proporciona um final inesperado; a ausência dos típicos clichês fáceis usados por muitos autores em início de carreira

👇 Pontos Negativos: Demasiados pormenores da vida do Zé desnecessários; as gralhas e os erros ortográficos

⭐ Avaliação: 3 estrelas 

Hoje nas livrarias: Os gigantes Stephen King e Josh Grisham. E não só

Book Stories, 06.11.20

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O Luís não ria. Nunca ria. O Filipe ria muito. Estava sempre a rir. O Filipe fazia truques de magia. Ou melhor, tentava fazer. 

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O Luís gostava de falar sobre o universo e o espaço-tempo. 

É publicado hoje o livro 'Síul, Epilif e o Grande Zigomático', de Nuno Artur Silva e Pierre Pratt, que conta a história do rapaz que não ri e do rapaz que está sempre a rir.

Com uma poderosa lição sobre a amizade e sobre o que une as pessoas, este livro acompanha a aproximação de duas crianças e desvenda a forma como vêem o mundo: com magia, dúvidas, curiosidade, vontade de aprender e enternecedora ingenuidade.

Entre truques mágicos, com baralhos de cartas e cartolas, e a grande magia do universo, como a luz de estrelas que já explodiram e que chega à Terra muitos anos depois, Síul, Epilif e o Grande Zigomático é, mais que tudo, um livro sobre a mais preciosa das magias: a amizade.

 

 

 

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Chega hoje a Portugal o único livro de não-ficção de John Grisham, autor de thrillers jurídicos que continua a conquistar leitores em todo mundo.

'O Inocente' narra um caso arrepiante que acompanha falhas judiciais que levam à condenação de um homem inocente no Oklahoma, nos Estados Unidos da América.

Este livro, que deu origem ao documentário com o mesmo nome, disponível na Netflix,  centra-se não apenas no assassinato de uma jovem empregada de mesa, Debra Sue Carter, mas fundamentalmente na condenação do desportista Ron Williamson, naquela que é uma investigação policial escassa e tendenciosa na procura de um responsável.

Levantando questões sobre o sistema judicial norte-americano, John Grisham narra os pormenores de todo o processo, no qual se encontram pequenos indícios que levaram à acusação, julgamento e sentença de morte num julgamento onde não faltaram falsas testemunhas ou provas contaminadas.

Se acredita que na América se é inocente até se provar que é culpado, este livro vai chocá-lo. Se acredita na pena de morte, este livro vai perturbá-lo. Se acredita que o sistema criminal de justiça é justo, este livro vai enfurecê-lo.

 

 

Sombrio, rápido, louco e aterrador, 'O Instituto', de Stephen King, chega hoje às livrarias satisfazendo a curiosidade dos leitores portugueses e 

Capa_O Instituto.jpggarantindo uma leitura emocionante e viciante. 

Número 1 do New York Times, esta obra resulta numa combinação viciante entre ficção científica e uma sólida e envolvente história de ação e terror. 

A meio da noite, na casa de uma rua tranquila de Minneapolis, intrusos matam silenciosamente os pais de Luke Ellis e levam-no numa carrinha preta. A operação demora menos de dois minutos. Luke vai acordar no Instituto, num quarto parecido com o dele mas sem janela.
E há outras portas que fecham outras crianças com talentos especiais – telecinesia e telepatia – e que ali chegaram da mesma maneira que Luke: Kalisha, Nick, George, Iris e Avery Dixon.

Todos eles estão na Metade da Frente. Luke fica a saber que há outros na Metade de Trás, de onde nunca se volta. Na mais sinistra das instituições, a diretora, a senhora Sigsby, e a sua equipa dedicam-se impiedosamente a extrair dessas crianças a força de seus dons paranormais.

Não há escrúpulos aqui. Se se colaborar, recebe-se fichas para as máquinas de venda automática. Se não, a punição é brutal.

À medida que cada nova vítima desaparece para a parte de trás, Luke vai ficando cada vez mais desesperado para sair e pedir ajuda. Mas nunca ninguém conseguiu fugir do Instituto.

 

 

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Hoje nas livrarias: Lars Kepler e Albert Camus

Book Stories, 05.11.20

Castanhos Quentes Citação Inspiradora Outono Pos

 

‘O Homem-Espelho', oitavo livro da série Joona Linna, chega hoje a Portugal e marca o regresso de Lars Kepler.

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No mundo, mais de mil milhões de mulheres estão sujeitas a violência sexual, mais de 50 milhões vivem como escravas e, anualmente, cerca de 85 mil são assassinadas.

Porque "a literatura policial pode funcionar simultaneamente como uma plataforma de discussão sobre o ser humano e o nosso tempo”, no seu novo thriller, a dupla sueca Lars Kepler decidiu abordar um problema global e inseri-lo numa situação com limites definidos e possível de solucionar: o desaparecimento e homicídio de jovens em Estocolmo.

Ao comando da equipa que tenta desvendar o tenebroso caso apresentado em ‘O Homem-Espelho’ está o comissário Joona Linna, naquela que é já a sua oitava aventura.

No seu país de origem, o novo thriller da dupla sueca vendeu mais de 100 mil exemplares em apenas uma semana e está disponível, desde hoje, nas livrarias portuguesas (mais informação sobre o livro).

 

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‘O Avesso e o Direito’ foi o primeiro livro publicado por Albert Camus, em 1937, na Argélia, tinha então vinte e três anos. Só em 1958, depois de receber o Prémio Nobel, o autor aceitou ver o título reeditado     

Brice Parain afirmou diversas vezes que este “livrinho”, para usarmos uma expressão do seu próprio autor, contém o que Albert Camus escreveu de melhor.

Apesar de, novamente com modéstia e autocrítica, encontrar em ‘O Avesso e o Direito’ as limitações típicas e naturais da juventude, quando “mal se sabe escrever”, Camus admite, no prefácio da obra, que compreende aquilo que o ensaísta e filósofo quis dizer: “há mais verdadeiro amor nestas páginas desajeitadas do que em todas as que se seguiram”.

Treze anos volvidos sobre a última edição em Portugal, a obra, que é o retrato do escritor quando jovem, está de regresso ao catálogo da Livros do Brasil, agora na coleção Dois Mundos e, desde hoje, nas livrarias (mais informação sobre o livro).

'100 Datas que Fizeram a História de Portugal'. Quantas conhecem?

Book Stories, 05.11.20

Castanhos Quentes Citação Inspiradora Outono Pos

Este é daqueles livros que eu gosto muito de ir lendo. Um episódio hoje, outro amanhã, outro daqui a uma semana. Não é o tipo de livro para se ler ininterruptamente. É um livro de cultura geral - no caso sobre Portugal - que nos conta detalhes da História que muitas vezes nos passam despercebidos.

Antes de leres as datas que eu escolhi para resumir o livro façam este exercício: apontem num papel as datas que se lembram de cabeça sobre a História de Portugal. E depois digam-me quantas conseguiram escrever ;)

Bom, não pus as 100 datas (por razões óbvias) mas escolhi 50 que me pareceram mais interessantes e, também, de maior conhecimento comum.

Espero que gostem!

As 100 datas que fizeram a História de Portugal:

  • 61 a.C. - Viriato é assassinado 
  • 585 - A Península Ibérica fica sob domínio visigodo
  • 711 - Os Mouros invadem a Península Ibérica
  • 868 - Fundação do Condado Portucalense 
  • 1139 - Batalha de Ourique e proclamação de D. Afonso Henriques como rei
  • 1143 - Portugal é reconhecido como reino pelo Tratado de Zamora
  • 1249 - Conquista do Algarve
  • 1276 - Pedro Hispano é eleito Papa (João XXI)
  • 1290 - É fundada a primeira Universidade portuguesa no reinado de D. Dinis
  • 1340 - Batalha do Salado: Forças de D. Afonso IV uniram-se às de Castela para evitar que os muçulmanos reconquistassem território cristão 
  • 1355 - Nasce a mais famosa história de amor em Portugal entre D. Pedro I e D. Inês de Castro 
  • 1385 - Batalha de Aljubarrota:

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  • 1386 - Celebrado, entre os reinos de Portugal e Inglaterra, o mais antigo tratado de aliança 
  • 1415 - Conquista de Ceuta
  • 1434 - Gil Eanes dobra o Cabo Bojador
  • 1494 - Portugal e Espanha dividem o mundo entre si com o Tratado de Tordesilhas
  • 1498 - A armada de Vasco da Gama chega à Índia
  • 1500 - Pedro Álvares Cabral descobre oficialmente o Brasil
  • 1502 - Gil Vicente exibe o seu primeiro grande êxito teatral
  • 1519 - Fernão de Magalhães inicia a primeira viagem à volta do mundo
  • 1536 - Instituição da Inquisição por D. João III
  • 1572 - Publicação da 1.ª edição da obra 'Os Lusíadas'
  • 1578 - Derrota do Exército português em Alcácer Quibir
  • 1581 - Filipe II de Espanha é coroado Filipe I de Portugal
  • 1640 - D. João IV recupera o trono português aos espanhóis
  • 1697 - Descoberta do ouro no Brasil
  • 1755 - Terramoto que destruiu parte de Lisboa:

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  • 1759 - Expulsão dos jesuítas e o processo dos Távoras no reinado de D. José I
  • 1807 - Invasões francesas
  • 1822 - Proclamada a independência do Brasil por D. Pedro IV de Portugal
  • 1856 - Introdução do caminho de ferro, telégrafo e telefone
  • 1861 - Camilo Castelo Branco termina a obra 'Amor de Perdição'
  • 1888 - Publicação do livro 'Os Maias', de Eça de Queiroz
  • 1892 - Portugal declara a bancarrota
  • 1896 - Morre a Ferreirinha depois de uma carreira de invulgar sucesso
  • 1908 - O rei D. Carlos (na foto) e o príncipe herdeiro, D. Luís, são assassinados
  • 1910 - Fim de quase oito séculos de monarquia com a implantação da República
  • 1916 - Presença de Portugal na Primeiro Guerra Mundial
  • 1917 - Aparições e pastorinhos de Fátima:

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  • 1921 - Noite Sangrenta: vários republicanos importantes são assassinados 
  • 1922 - Gago Coutinho e Sacadura Cabral atravessam o Oceano Atlântico
  • 1926 - Instituição da Ditadura Nacional por António de Oliveira Salazar
  • 1949 - Egas Moniz é galardoado com o Nobel da Medicina e Fisiologia
  • 1969 - Criação do Museu Calouste Gulbenkian
  • 1970 - Morre Almada Negreiros
  • 1974 - Revolução dos Cravos
  • 1975 - Fim do 'verão quente' e do Império Ultramarino
  • 1986 - Entrada de Portugal na CEE
  • 2001 - Euro entra oficialmente em vigor

 

 

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